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Luciano Hang se manifesta sobre “PL Véio da Havan”, de Boulos, que quer punir empresários envolvidos em tentativas de golpe

"Jamais atentei contra o Estado Democrático de Direito", rebateu o empresário brusquense em nota

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) apresentou o Projeto de Lei 177/2025, que prevê sanções a empresas que financiem tentativas de golpe de Estado. Batizado pelo parlamentar como “PL Véio da Havan”, em referência ao empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, o texto foi protocolado na Câmara dos Deputados na terça-feira, 4.

A proposta estabelece que companhias envolvidas no apoio ou financiamento desses movimentos fiquem proibidas de participar de licitações e firmar contratos com a administração pública por um período de até 20 anos.

“A ideia é fazer com que empresários que incitem, financiem ou apoiem logisticamente tentativas de golpe e ataques à democracia, como aconteceu em 8 de janeiro, sejam punidos no bolso, que é o que mais os afeta. Com a aprovação do projeto, esses empresários serão proibidos de firmar qualquer tipo de contrato com o poder público, participar de licitações e obter empréstimos em bancos públicos. A ideia é que, ao afetar financeiramente, se desestimule a operação de financiamento que ocorreu em 8 de janeiro”, disse o deputado nas redes sociais.

Ao chamar o projeto de “PL Véio da Havan”, Boulos diz que o objetivo é “reconhecer o simbolismo que Luciano Hang teve nas eleições presidenciais de 2022”.

“Ele (Luciano) pediu para Bolsonaro ‘virar a mesa’ após a vitória de Lula, foi flagrado em grupos de WhatsApp pela Polícia Federal incitando o golpe e apareceu na delação de Mauro Cid. O objetivo é ser pedagógico e evitar o financiamento do golpismo no Brasil, como ocorreu em 2022, depois da eleição de Lula. Este ano teremos uma missão muito importante. Os bolsonaristas vão tentar aprovar anistia tanto para os golpistas de 8 de janeiro quanto para o próprio Bolsonaro. Precisamos ser firmes, e vamos ser. Somos contra a anistia e a favor da prisão de Bolsonaro”, complementou o deputado.

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, falou da participação de Hang em um grupo de empresários que discutiam formas de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em sua delação. Segundo Cid, a reunião ocorreu em 7 de novembro de 2022, uma semana após a vitória de Lula no segundo turno.

O ex-assessor também relatou que Hang e outro empresário pressionaram Bolsonaro para que exigisse do Ministério da Defesa um relatório “mais maduro” sobre supostas fraudes nas urnas eletrônicas e no sistema eleitoral, com o objetivo de “virar o jogo” (reverter o resultado das eleições).

Hang se manifesta

Em nota divulgada na manhã desta quarta-feira, 5, Luciano Hang rebateu Boulos e ‘dedicou’ uma frase ao político: “acuse-os do que você faz, chame-os do que você é”.

Confira a nota completa:

“A proposta apresentada pelo deputado Guilherme Boulos, intitulada “Véio da Havan”, é um absurdo e totalmente descabida, porque vem carregada de falsas e graves acusações. Jamais atentei contra o Estado Democrático de Direito, e fica evidente que essa iniciativa não passa de uma tentativa de “jogar para a torcida”.

A população enxerga a integridade das pessoas, e o próprio histórico do deputado demonstra isso — afinal, não foi eleito prefeito de São Paulo. Me causa espanto que alguém com essa mentalidade ocupe um cargo de deputado federal.

Fico tranquilo porque nunca participei, nem jamais participarei, de licitação pública. O Véio da Havan também tem o direito e a liberdade de expressar suas opiniões, o que parece incomodar quem, como Boulos, está acostumado a pensar mal dos outros. No fim das contas, as pessoas projetam nos outros aquilo que carregam dentro de si.

As acusações feitas contra o Véio da Havan são completamente infundadas. Não é a primeira vez que Boulos tenta destruir reputações apenas porque alguém não compartilha de sua visão política. Esse tipo de ataque revela muito mais sobre quem o faz do que sobre quem o recebe.

Perdendo espaço desde a derrota nas eleições de São Paulo, o deputado parece buscar holofotes usando meu nome para se promover. Mas, diferentemente dele, nunca entrei na política em benefício próprio e nunca precisei de licitação pública.

Sigo firme em meus valores e princípios, sem ceder a ataques oportunistas e desonestos”.

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