Para Luizinho Lopes, Brusque tem o melhor futebol da Série C no momento
Treinador valoriza crescimento de sua equipe e descreve o desenvolvimento da goleada sobre o Confiança
Treinador valoriza crescimento de sua equipe e descreve o desenvolvimento da goleada sobre o Confiança
Após a goleada do Brusque por 4 a 0 sobre o Confiança, que foi a quarta vitória consecutiva de sua equipe, o técnico Luizinho Lopes afirmou que é o quadricolor quem apresenta o melhor futebol do momento na Série C do Campeonato Brasileiro. Ele evita fazer previsões sobre o futuro na Série C e uma eventual segunda fase, mas valoriza o crescimento brusquense em uma competição que considera ser extremamente difícil.
“A mensagem que nós passamos é que a equipe está crescendo na hora certa, na hora exata. Eu acho que, quem melhor joga futebol hoje, na Série C, no momento, (com os pés no chão, não posso me furtar, estou vendo todas as equipes), é o Brusque, sem sombra de dúvidas”, comentou na coletiva de imprensa após a partida.
“Se a competição acabasse hoje, acho que nosso time terminaria jogando o melhor futebol. Só que ainda tem muita coisa pela frente, ainda tem a segunda fase, ainda tem muita coisa. Cabe a mim, junto com a comissão, seguir muito concentrado, muito focado, não manter qualquer tipo de euforia. A competição é extremamente difícil, extremamente equilibrada. É, disparada, a mais forte dos últimos anos. Talvez a mais forte que já houve, em relação à competitividade”, completa.
O treinador também fez um resumo completo sobre como foi construída a vitória do Brusque sobre o Confiança, começando pelos desfalques que teve (Wallace, Madison, Cléo Silva e Toty). Confira os destaque a seguir:
“Pela primeira vez na temporada, de um jogo para outro, fizemos quatro mudanças. Também modificamos um pouco a forma de jogar, para explorar as melhores características de quem estava entrando.”
“No momento de organização ofensiva, nós estávamos fazendo um 3-4-3, com Danilo [Belão], [Éverton] Alemão e Iran; e aí, um losango por dentro, com Rodolfo [Potiguar], Jhemerson, Everton [Bala] e Alex [Ruan]; e, bem espetados pelos lados do campo, de um lado o [Diego] Tavares, do outro o Airton, e o [Guilherme] Queiróz.”
“O adversário vinha jogando com linhas em bloco médio e baixo, mais baixo do que médio fora de casa. Então eles vieram de uma maneira diferente, nos incomodaram. Mas nossa equipe tentou fazer o que treinou: sair jogando com a bola no chão, de pé em pé. E eles subiram a marcação, e nós tivemos um pouco de dificuldade para encaixar nosso jogo.”
“Tanto que, depois, em determinado momento, nós modificamos. Subimos o Danilo, colocamos o Tavares mais por dentro para ele ficar andando na linha junto com o Queiróz, já que a linha deles estava alta, para a gente tentar explorar as costas. Fizemos a entrada do Rodolfo entre os dois zagueiros, com o Jhemerson, o Everton e o Alex por dentro.”
“Encaixou melhor nosso jogo. Um jogo estudado, nós temos que ter paciência e ir entendendo o que o jogo apresenta para a gente. O adversário nos dificultou, subiu as linhas. Acho que, pela primeira vez fora de casa, o Confiança marcou em bloco alto. E, realmente, a gente demorou um pouquinho. Em alguns momentos a gente conseguia furar os dois primeiros: o 10 [Dione] e o [Ricardo] Bueno. Quando a gente conseguia ultrapassar os dois, começava a tirar vantagem.”
“No pênalti, nós já estávamos começando a cantar a linha alta, a gente não precisava insistir só no chão. Explorar as costas da defesa, começar a alongar também, fazer um jogo mais direto. E aí fluiu, porque o Tavares sai, consegue tomar a frente do goleiro.”
“E no segundo tempo, eles se expuseram mais ainda, e foi o que conversei no vestiário. Para a gente agredir muito as costas, eles estavam com as linhas altas, subiram a marcação. É bom quando a gente faz um gol cedo, porque o adversário se expõe. Geralmente, quando a gente faz gol cedo, a gente consegue criar muitas oportunidades aqui.”
“Eles criaram algumas situações que nos incomodaram, mas deram muito campo para a gente. E a aí a gente fez os gols com muita clareza, muita qualidade. Estava olhando nossos gols agora. Foram espetaculares.”
“Não tem lugar parecido”: como Botuverá tornou-se caso raro de preservação do dialeto bergamasco no mundo: