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Luizinho Lopes exalta vitória sobre o Floresta, mas pede finalização mais letal

Técnico do Brusque elogia atuação quadricolor, comenta escalação e acredita que placar poderia ser mais elástico

O técnico Luizinho Lopes teceu diversos elogios ao Brusque após vencer o Floresta por 2 0 neste sábado, 24, no Augusto Bauer, pela 10ª rodada da Série C do Brasileiro, mas não deixou de fazer cobranças. Mesmo com a vitória em uma atuação consistente, que interrompeu uma sequência ruim de sua equipe, pediu mais eficiência, já que o quadricolor desperdiçou chances claras de uma goleada.

“Não tem dinheiro que pague jogar como nós jogamos. Obviamente, que durante 100 minutos, em alguns momentos você oscila, mas nossa equipe foi forte na bola parada ofensiva e na bola parada defensiva. Nossa equipe teve posse quando precisava ter, triangulou pelos lados, infiltrou por dentro, por fora, contra-atacamos bastante também. Então acho que fizemos de tudo um pouco em cada momento e fase do jogo”, comentou na coletiva pós-jogo.

“Nós fizemos um ótimo jogo. Para a realidade de Série C, acho que fizemos nosso melhor jogo no sentido de consistência.”

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O treinador reconhece o equilíbrio da competição e que gols podem ser a diferença entre uma classificação e uma eliminação. O Brusque desperdiçou chances claras de gol com Guilherme Queiróz e Diego Tavares, mas garantiu a vitória com lances de bola parada, em gols de Rodolfo Potiguar e Éverton Alemão. A quantidade de chances criadas e diversidade de chances agradam o treinador, mas era possível vencer por uma margem mais confortável.

“Para não deixar de cobrar, eu falei que poderíamos ter feito mais gols, porque isto vai ser um divisor de águas em alguma posição da tabela. Estava muito preocupado em não tomar gols e em fazer mais gols. A gente tem que aproveitar um dia bom.”

A escalação com Madison no banco e Jhemerson e Luiz Henrique atuando juntos no meio, com o apoio de Everton Bala, foi aprovada pelo treinador. “Tínhamos a ideia de deixar um time com bastante mobilidade, jogadores muito intensos. (…) Mexemos bastante com o posicionamento do Everton [Bala], a gente trouxe ele para jogar junto com o Jhemerson e o Luiz [Henrique]. Isto deu muito resultado, muito jogo de aproximação, muita posse, muitas triangulações. Quem sabe não encontramos uma nova maneira de atuar.”

Assista à coletiva e leia outros destaques:

Pressão

“Eu não trabalho com futebol pensando em segurança nenhuma de estar empregado. Zero. Duas derrotas já mudam o contexto. E três derrotas, mas amém que não [ocorreram]. Eu me preparo muito para isso, eu amo muito o que eu faço. Ia ficar muito triste se a gente precisasse interromper um trabalho que acredito ter potencial. E no calor da emoção, se interrompe. Mas, de forma alguma [me senti ameaçado] porque nosso trabalho é digno, bom, competitivo, que dá para a gente pelejar até o final.”

“Temos muitas dificuldades? Temos. Precisamos melhorar muita coisa? Precisamos. Precisamos daqui a pouco enxertar um pouco mais de quantidade em determinadas decisões? Precisamos. Mas também vejo outros clubes com bastante dificuldade.”

“Num momento de oscilação a gente deu uma resposta jogando bem. Mostrou que oscilamos, mas temos capacidade de estar dando a volta por cima.”

“As cobranças que nós tivemos, em nenhum momento foi colocada uma corda em meu pescoço. Em nenhum momento me senti agredido no sentido de se [perder, é demitido]… Em nenhum momento. Eu não controlo isso, só foco no trabalho. (…) Eu me sinto respeitado no trabalho do dia a dia do Brusque.”

Preparação

“Nunca havíamos perdido dois jogos em sequência. Chama a atenção, obviamente, mas nos cobramos bastante. Eu quero só parabenizar nossos atletas, porque eles receberam isso com muito profissionalismo e entenderam que nós poderíamos dar mais.”

“E nós fizemos uma semana muito boa. Nós, comissão técnica, conseguimos colocar em prática trabalhos que deram resultado, mas porque os jogadores compraram a ideia. Nós fizemos uma semana muito boa. Apesar de uma semana de muita ansiedade, mas eles conseguiram colocar em prática a experiência deles. A maioria dos jogadores já passou por momentos de maior dificuldade em clubes que têm uma pressão muito grande.”

“Vi muito envolvimento das lideranças. Os atletas que estavam com expectativa de iniciar a partida estavam muito focados, envolvidos. Os que não iriam iniciar estavam contribuindo demais para o treinamento. Todo mundo imbuído em fazer seu trabalho da maneira mais profissional possível.”


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