Luizinho Lopes relata tristeza por perder final, mas orgulho por ano de retomada do Brusque
Para o treinador, detalhes que decidiram o acesso não estiveram a favor na decisão do título; negociações para renovação iniciam nesta semana
O técnico Luizinho Lopes afirma que a derrota para o Amazonas por 2 a 1 na final da Série C do Campeonato Brasileiro será “difícil de digerir”, mas que, com o tempo, permanecerá a felicidade e o orgulho pelo que o Brusque teve de principais conquistas em 2023: acesso à Série B e vaga na Copa do Brasil. Desta forma, o quadricolor tem perspectivas promissoras e uma recuperação financeira em curso.
“O principal objetivo do ano seria o acesso. Batemos a principal meta do ano, muita gratidão a Deus por isto. Mas, obviamente, queríamos ser campeões. Vou demorar a digerir o dia de hoje. Não sei quando vou ter uma nova oportunidade de ser campeão, então dói bastante. Muito triste por hoje, mas daqui a pouco a gente vai se sentir muito feliz, muito orgulhoso. Foi o que falei para os atletas no vestiário”, comenta.
O treinador também destaca o resgate financeiro com o acesso à Série B e a perspectiva promissora neste sentido. Ele cita que que permanecer na terceira divisão tornaria 2024 um ano muito difícil para o Brusque.
“Saímos de um ano [2022] que terminou bem obscuro, bem triste, com sensação de derrotado, finalizando esta temporada com muitas conquistas, com uma retomada, muitas finais. Estre grupo sempre honrou a camisa, hoje não foi diferente, o torcedor reconheceu.”
“Subir da Série C para a B, com os clubes com que nós disputamos; além do acesso, chegar à final. Digamos que subimos até com certa sobra, com certa folga. Nós subimos com duas rodadas de antecedência, nos classificamos [à segunda fase] com duas rodadas de antecedência. (…) Ser campeão brasileiro marca muito, para sempre. Eu, profissionalmente, individualmente falando, sonhei muito em ser campeão brasileiro. O clube também, assim como todos os atletas. (…) O ano é extremamente positivo. A final, infelizmente, não foi.”
Jogo
Luizinho Lopes lamenta os rumos do jogo e os detalhes que definiram o resultado. Ele sugere que este foi um dos jogos em que o goleiro Matheus Nogueira foi menos exigido, mas, ainda assim, o título escapou. “Tudo que tivemos até de um pouquinho de sorte, de o detalhe sorrir para a gente nos jogos do acesso, foi o contrário na final.”
O treinador também destaca as oportunidades desperdiçadas em detalhes de tomada de decisão com Diego Tavares e Dentinho, num momento do jogo em que o Brusque mostrava de forma clara que pretendia vencer a partida com gols rápidos.
“A gente passou uma mensagem de alta intensidade, de que entramos para tentar ganhar o jogo. A estratégia hoje era iniciar muito forte, até pelas mudanças que fiz [Toty e Diego Tavares] com jogadores mais intensos.”
“Numa falta, não conseguiram tomar a frente, bateram rápido… Uma conversa que tive no vestiário foi o seguinte: fizemos um primeiro tempo intenso, para ganhar o jogo. Na cochilada que demos, no detalhe, eles, na qualidade, fizeram o gol numa ação individual do Diego [Torres].”
“Em uma respingada ali na área, a bola sobrou. E assim, gols característicos do Sassá. Muito esperto, muito ativo”, comenta, relatando o gol do título do Amazonas.
Renovação
Luizinho Lopes relata que, a partir desta segunda-feira, 23, devem começar as tratativas para a renovação de contrato. A diretoria tentou antecipar as conversas para a semana anterior, mas o treinador preferiu focar na final. Ele reitera a intenção de permanecer no Brusque
“É um grupo forte. Uma base mantida será bom para o ano que vem, com certeza, faz a diferença. Fez a diferença neste ano, a base que ficou do rebaixamento ajudou muito a estruturar tudo que conquistamos neste ano.”
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