Mãe brusquense afirma que viu filho assistindo ao ‘desafio da Momo’
Psicopedagoga diz que é preciso controlar conteúdo dos filhos; YouTube nega que vídeo tenha chegado à plataforma
Psicopedagoga diz que é preciso controlar conteúdo dos filhos; YouTube nega que vídeo tenha chegado à plataforma
O polêmico ‘desafio da Momo’ encontrou novo capítulo em Brusque nesta semana. Uma mãe brusquense afirmou que viu seu filho de três anos assistindo ao vídeo, em que – segundo relatos -, uma boneca de aparência grotesca aparece promovendo a automutilação e o suicídio.
Luzia Estevão, moradora do bairro Limeira Baixa, disse ainda que o menino teria tentado colocar a tomada da televisão, algo que nunca havia feito antes. “Aí ele disse que ‘a Momo faz’. Na hora eu não entendi, porque não sabia do que se tratava”.
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Mais tarde, o menino estava usando o seu smartphone e vendo a vídeos no aplicativo YouTube Kids, voltado para o público infantil.
Luzia afirmou que, em determinado momento, ele pediu para ela tirar o vídeo. “Ele estava assistindo aos desenhos do Tom, o caminhão de reboque, quando apareceu esse vídeo no meio, e ele falou ‘tira a Momo porque de noite eu tenho medo’. Então era algo que ele já estava vendo há dias, porque ele sabia o nome do personagem”.
Já no trabalho, Luzia tomou conhecimento nos noticiários sobre o desafio da Momo, e desde então cortou o YouTube do filho. “Me deu uma coisa ruim quando vi aquilo. Agora eu não estou deixando ele usar a internet. Eu faço o download dos vídeos e deixo com ele para assistir”.
Controle de conteúdo
Especialista na área de psicopedagogia, Sônia Maria Machado alerta para os cuidados que os pais precisam ter em relação aos smartphones e outros gadgets. Para ela, é importante o controle do conteúdo.
“Se você não controla, como que vai orientar o seu filho? Em muitos casos, crianças que passam por essas situações ficam com medo, e por isso não falam. Os pais precisam se aproximar dos filhos e ficar por dentro daquilo que eles estão consumindo”.
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Ela vai além, e afirma que os equipamentos eletrônicos não podem substituir o contato da família. “Os pais precisam participar mais, dialogar mais, porque é com o diálogo que se constrói um espaço de confiança mútua. A criança não precisas desses aparelhos, ela precisa brincar, ter contato com livros, e não ficar alienada”.
Segundo Sônia, as crianças são mais afetadas por conteúdos inadequados, como o desafio da Momo, porque são um público-alvo frágil e que tem dificuldade em diferenciar se a brincadeira é boa ou má. “É preciso evitar ao máximo o uso de smartphone. Os pais precisam estipular o tempo, eles é que sabem e determinam o que é bom para a criança”.
YouTube nega existência do vídeo
Os administradores do YouTube emitiram comunicado oficial negando que o vídeo ‘desafio Momo’ tenha chegado à plataforma. Segundo a empresa, o YouTube Kids utiliza filtros para impedir a presença da imagem da boneca. Também não é possível pesquisar pelo termo Momo no aplicativo infantil.