Mãe de todos os brasileiros
Hoje, dia 12 de outubro, dia da Padroeira do Brasil, do povo brasileiro. Ontem, terminou o Ano Mariano que teve seu início na Festa de Nossa Senhora Aparecida, no dia 12 de outubro de 2016. Justamente, nesse período, foram celebrados os 300 anos de sua aparição no Vale do Paraíba, SP. Portanto, recordamos a presença constante de Nossa Senhora, Mãe de Jesus e nossa, na vida do povo brasileiro e na vida de cada um de nós. Ou como disse a CNBB, em sua Mensagem da Proclamação do Ano Mariano: “para celebrar, fazer memória e agradecer”.
Não foi Maria de Nazaré que escolheu ser nossa Mãe. Foi seu Filho Jesus na Cruz, após ter entregado tudo até toda a sua roupa, nada mais tinha do que um fiapo de vida e sua Mãe. Nem mesmo sua Mãe guardou para si. Antes de entregar, definitivamente, sua vida ao Pai, entregou sua Mãe à Humanidade e a cada um de nós, na pessoa de João, o evangelista, único homem presente ao pé da Cruz. E, daquele momento em diante, Maria de Nazaré jamais esqueceu esta responsabilidade de ser a Mãe da Humanidade, sobretudo, do Povo de Deus, formado por discípulos e discípulas do Mestre Jesus.
Ser Mãe de Deus e ser Mãe da Humanidade, também Mãe da Igreja e de todos nós foi a missão que ela recebeu do próprio Filho de Deus. Ela recebeu essa missão com responsabilidade e a vive até hoje, ao longo de toda a História. Sua fidelidade no cumprimento da Vontade de Deus é inquestionável. Certamente, não esquece e, menos ainda, exclui os que não têm amor e veneração, às vezes, chegam até a ofendê-la e a difamá-la. Infelizmente, até no meio do povo brasileiro, existem esses filhos e filhas que não sabem ou não querem tê-la, como Mãe e intercessora.
Quem de nós não tem algo a contar, relatando a presença da Mãe de Jesus e nossa, nos caminhos de sua história pessoal ou de sua família? Na Mensagem à Igreja Católica no Brasil, a Presidência da CNBB assim se expressou: “Como no episódio da pesca milagrosa narrada pelos Evangelhos, também os nossos pescadores passaram pela experiência do insucesso.
Mas, também eles, perseverando em seu trabalho, receberam um dom muito maior do que poderiam esperar: “Deus ofereceu ao Brasil a sua própria Mãe”. Tendo acolhido o sinal que Deus lhes tinha dado, os pescadores tornam-se missionários, partilhando com os vizinhos a graça recebida. Trata-se de uma lição sobre a missão da Igreja no mundo: “O resultado do trabalho pastoral não se assenta na riqueza dos recursos, mas na criatividade do amor” (Papa Francisco)
Como nós, brasileiros e brasileiras podemos mostrar nosso amor filial a essa nossa Mãe comum? Hoje, ao celebrar os 300 anos do achamento de sua imagem no rio Paraíba do Sul, sem dúvida, é um bela oportunidade de levar mais a sério o “quase-mandamento” que Maria continua a nos propor: “Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2,5). Isto significa que Maria continua a nos dizer que temos que conhecer sempre mais a Pessoa e a Palavra de Jesus.
O fundamental é tentar conhecer mais a pessoa, a missão e o testemunho de Maria, Mãe de Jesus, não para ficar com ela. Mas, para, por meio dela, chegar até seu Filho Cristo Jesus.
Ele é o único Mediador: o Caminho, a Verdade e a Vida. Por isso, o verdadeiro e autêntico discípulo (a) do Mestre Jesus busca ter sempre mais clareza, no sentido e na maneira de prestar o verdadeiro culto e devoção à Mãe de Deus e nossa.