Mãe Peregrina visita residência de mais de 2 mil famílias da Paróquia São Luis Gonzaga
Movimento surgiu na matriz em 1994 com o objetivo de incentivar a reza do terço
Com o objetivo de incentivar a reza do terço, surgiu em 1994 na Paróquia São Luis Gonzaga, o Movimento Mãe Peregrina. Atualmente são 82 capelinhas, ou seja, mais de 2 mil famílias que recebem a imagem em suas casas.
O Mãe Peregrina foi criado por iniciativa de um grupo de amigas de Brusque que souberam desse movimento em outras cidades. Diante dessa devoção, Sonia Maria Rainert, Terezinha Thomas, Maria das Neves da Cunha e Cândida da Cunha foram até Joinville e de lá trouxeram as primeiras capelinhas para o município.
Além de despertar o hábito da oração e a reza do terço nas residências, o movimento faz com que as famílias passem um período maior em diálogo e harmonia. Além disso, segundo a coordenadora de Forania, Terezinha Felipe Kohler, a ação coopera na obra de evangelização da Igreja, incentivando a comunhão da vida em oração.
Ela explica que o funcionamento do movimento é simples: a capelinha percorre a casa de 30 famílias uma vez por mês, sendo um dia para cada uma. E foi por esse movimento diário de cada família recebê-la e passar adiante, que surgiu o nome de Mãe Peregrina.
Cada pessoa que é responsável pelas 30 famílias receberem a imagem recebe o nome de missionária, e em todas as comunidades ou capelas tem um coordenador que é responsável de passar as informações de encontros, reuniões e visitas.
Terezinha diz que o movimento teve origem na Alemanha em 18 de outubro de 1914, durante a 2ª guerra mundial. Na ocasião, uma imagem de Nossa Senhora foi doada ao fundador do movimento, padre José Kentenich, que escolheu um antigo depósito de ferramentas para colocar a capelinha, e se reunir em oração, na localidade de Schoenstatt, lugar pertencente à cidade de Vallendar, na Alemanha – “Shoenstatt” -, que significa belo lugar.
“Esse espaço de oração foi utilizado por todos, principalmente pelos jovens que iriam para a guerra. O fundador veio mais tarde ao Brasil para incentivar a construção de santuários em nosso pais”, conta.
Em 1948 foi fundado, então, o primeiro santuário no país, em Santa Maria (RS). Em 10 de setembro de 1950 João Luiz Pozzobom (um devoto da nossa Senhora), recebeu das mãos da Irmã Terezinha Gobbo uma destas imagens (em formato de capelinha) para levá-las às famílias e com elas rezar o terço.
Transformadora de vidas
Para a coordenadora do movimento, as famílias que recebem a visita da Mãe Peregrina são chamadas a desenvolver uma grande missão.
Para Anselma Maria Pozzi Pereira, 84 anos, do Centro, pertencente à paróquia São Luis Gonzaga, a visita da Mãe Peregrina desperta a fé e o lado espiritual da família. Ela recebe a capelinha há 21 anos.
Hoje, os filhos já são casados e não moram com Anselma, mas mesmo assim, sempre que recebe a imagem, reza por eles. “Rezo o terço e outras orações e ofereço à Mãe Peregrina”.
A capelinha faz parte da vida da família de Rita Giraldi Lang, 58, do Jardim Maluche, também há muitos anos. Ela conta que sua falecida mãe – Luisa Genesini Giraldi – foi a primeira missionária do bairro Santa Rita e junto com ela aprendeu a conhecer um pouco mais de Nossa Senhora.
Devido a esse envolvimento, em 2000 Rita se mudou para o Limeira e introduziu nas famílias de lá o movimento. Quando se mudou para o Jardim Maluche, ela que também é coordenadora do Mãe Peregrina da capela Santa Rita, continuou com a tradição religiosa.
“Muitas famílias recebem graças por meio da capelinha. Nossa Senhora é intercessora junto ao seu filho Jesus Cristo. A Mãe Peregrina faz muitos milagres, já recebemos muitas graças, ela transforma vidas”, destaca.
Cerca de 260 capelinhas na região
Além das 82 Capelinhas da Paróquia São Luis Gonzaga, no Santuário de Azambuja há 18, na Paróquia Santa Catarina (Dom Joaquim) – 45, na Paróquia de Águas Claras, 63 e na de Santa Terezinha, 3. No município de Guabiruba há 11 capelinhas e em Botuverá 36.