Mães solicitam equipamento de reabilitação motora para Apae de Guabiruba
Pediasuit é bastante utilizado para tratamento de crianças, mas só está disponível em Brusque
Pediasuit é bastante utilizado para tratamento de crianças, mas só está disponível em Brusque
Mães que utilizam o PediaSuit – equipamento de reabilitação motora – em seus filhos e membros da diretoria da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Guabiruba se reuniram com o prefeito Matias Kohler e o vice Valmir Zirke para apresentar o projeto e solicitar sua implantação em Guabiruba.
O equipamento já vem sendo utilizado em cidades próximas, como Brusque. Ele funciona por meio de uma vestimenta ortopédica macia e dinâmica que possui chapéu, colete, calção, joelheiras e calçados adaptados que são interligados por bandas elásticas.
A ideia é criar uma unidade de suporte para alinhar o corpo o mais próximo possível do funcional, restabelecendo o correto alinhamento postural.
Ana Paula Puhler Becker conta que a filha, a pequena Valentina, teve grandes avanços por meio do tratamento e por isso quer trazer o método para Guabiruba.
“Não possuímos o PediaSuit no município, por conta disso temos que levar nossos filhos até a unidade de Brusque, se conseguirmos esse aparelho para a nossa Apae só iremos custear a manutenção e as fisioterapias”, explica.
Ela diz que o PediaSuit trouxe inúmeros benefícios para Valentina. “Quando ela começou a utilizar o aparelho, ela não conseguia ficar sentada, mas após 28 dias já vimos avanços consideráveis, tanto na parte física quanto na parte motora”, relata.
O prefeito enalteceu a luta das mães para trazer o equipamento até Guabiruba e se comprometeu a apoiar a causa.
O equipamento
Em 1971, a União Soviética desenvolveu o “PenguinSuit”, tecnologia utilizada por austronautas em vôos espaciais para neutralizar efeitos nocivos da ausência de gravidade e hipocinesia sobre o corpo, além de diminuir os impactos de outros prejuízos aos profissionais como perda da densidade óssea, alteração da integração das respostas motoras e atrofia muscular.
Essa tecnologia criada pelo programa espacial soviético foi o primeiro passo para a “suit terapia” e começou a ser utilizada por profissionais de reabilitação, que puderam perceber que os efeitos da ausência de gravidade eram semelhantes aos problemas físicos em pacientes com encefalopatia não progressiva da infância e outras condições neurológicas.
Assim, a terapia com suit foi implementada para esses pacientes. O criador do método foi o terapeuta ocupacional Leonardo Oliveira, que em 2005 desenvolveu o protótipo para ajudar o filho que possuía paralisia cerebral. Hoje, o PediaSuit é utilizado em diversos países.