“Maior falsificador de SC” tem condenação mantida pelo TJ-SC

Ele foi flagrado em Camboriú com diversos documentos falsos

“Maior falsificador de SC” tem condenação mantida pelo TJ-SC

Ele foi flagrado em Camboriú com diversos documentos falsos

Neste mês o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) confirmou a condenação de um homem preso através de operação considerada, pelos policiais envolvidos, como “a maior apreensão de documentos falsos realizada na história de Santa Catarina”. Ele foi flagrado em Camboriú e terá que cumprir pena de 12 anos, dois meses e 17 dias de reclusão em regime inicial fechado, mais multa.

O homem foi encontrado no apartamento onde realizava as falsificações de, principalmente, registros de identidade e carteiras de habilitação, mas também cheques e certidões de nascimento. Seu público consumidor, admitiu em depoimento, era composto de foragidos da Justiça, assim como ele, e também estelionatários.

Investigação

Foi através de antigos clientes que o endereço da “central de falsificação”, como ficou conhecido o local entre os agentes de segurança, chegou até a polícia. Uma equipe de policiais de Pelotas (RS) investigava a presença de foragidos de lá no litoral catarinense e dois homens foram identificados e presos, ambos com documentos falsos.

Após a prisão, eles apontaram o endereço onde conseguiram obter os RGs. A operação policial descobriu farto material usado pelo falsário em seu trabalho cotidiano, como talonários de cheques, espelhos de documentos, carimbos, tintas e outros apetrechos empregados nas falsificações.

Investigações posteriores apontaram que o homem praticava crimes através de falsificações, contrafações, sobreposição de papel suporte, adulteração, edição, supressão ou raspagem de imagens. As informações e os materiais que utilizava disse que obtinha ou adquiria pela internet, como no caso de um carimbo em alto-relevo com o brasão da República, encontrado em seu escritório.

Também foram encontradas cédulas originais de RGs dos estados do Ceará, Alagoas, Minas Gerais, Paraná e São Paulo, além de Santa Catarina. Os lotes, posteriormente identificados como furtados nos locais de origem, resultaram em outras investigações.

Prisão

A batida policial que flagrou o esquema de falsificação montado em Camboriú ocorreu em outubro de 2016. Na época da prisão, o homem já registrava passagens anteriores por alguns presídios do sul do país, entre eles Pelotas (RS), Cornélio Procópio (PR), São José dos Pinhais (PR) e Itajaí (SC).

Foi numa permissão de saída temporária do presídio de Canhanduba, no Litoral Norte catarinense, que o homem resolveu não voltar para a prisão e deu início ao trabalho de falsificação para antigos companheiros.

Em depoimento na delegacia, já preso, ele explicou sua opção: “A situação estava difícil.” Contou que estava no ramo há pouco mais de oito meses.

Condenação

Por adquirir o material tendo consciência de que era algo ilegal, o homem também foi condenado por receptação dolosa, além do delito-base de falsificação por 44 vezes em modalidades diversas. A sentença é da juíza Naiara Brancher e agora confirmada pela 1ª Câmara Criminal do TJ, em matéria sob relatoria do desembargador Carlos Alberto Civinski.

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