Maioria dos vereadores de Brusque deve trocar de partido antes das eleições
Janela partidária abre a partir desta quinta-feira, e permite trocas de legenda sem punições
Janela partidária abre a partir desta quinta-feira, e permite trocas de legenda sem punições
A partir desta quinta-feira, 5, vereadores que pretendem disputar a reeleição ou a prefeitura de sua cidade podem mudar de partido sem sofrerem punições da legenda. O prazo da janela partidária termina no dia 3 de abril, seis meses antes das eleições. O primeiro turno será realizado em 4 de outubro e o segundo turno no dia 25 do mesmo mês.
Dos 15 vereadores em exercício em Brusque, apenas cinco afirmam, no momento, que devem ficar nos seus partidos. A maioria está em negociações com outros partidos, e sete deles tendem a deixar suas legendas.
PSD, PSB e Patriotas devem perder dois vereadores cada. O DEM, que já tem dois representantes na Câmara, está em negociação com pelo menos mais três.
Marcos Deichmann (Patri) não tem intenção de mudança de partido. Deichmann acrescenta que a sigla já está em processo de formação de grupo pensando na eleição de 2020. O candidato a prefeito deste grupo, a princípio, deve ser o professor e ex-vereador Guilherme Marchewsky.
Jean Pirola (PP) afirma que não vai mudar de partido. “Com certeza ficarei no PP. É o primeiro partido que eu me filiei, gosto e faço parte”, diz.
Vereador do MDB, Deivis da Silva afirma que permanece no partido, enquanto Joaquim Costa, o Manico, se reuniu com outro partido na terça-feira, 3, o qual não revelou o nome, mas ressalta que a tendência maior é que ele também permaneça com a sigla.
Outro vereador que não deve mudar de legenda é Celso Emydio (DEM). Ele afirma que permanece e vê uma tendência de crescimento do seu partido.
Vice-presidente da Câmara, Leonardo Schmitz (DEM) não descarta a possibilidade de conhecer propostas, mas a tendência no momento é que ele não troque de partido.
“Estamos analisando, me chamaram para conversar, mas a princípio meu posicionamento é de se manter no Democratas, que é o primeiro partido que eu me filiei. Estamos estudando todas as possibilidades, mas minha maior intuição diz para eu ficar”, destaca
Claudemir Duarte, o Tuta (PT) diz que vai decidir na próxima semana o seu destino, que está analisando as possibilidades e ainda não parou para pensar no assunto. Tuta afirma, ainda que, há a possibilidade de não concorrer à reeleição. Ana Helena Boos (PP) ainda não tem situação definida com relação à mudança de legenda.
Alessandro Simas deve deixar o PSD e mudar para o DEM. A justificativa para a saída é a busca de formação de um grupo forte para buscar a maioria na Câmara. Outro vereador que deve ir para o mesmo partido é o presidente da Câmara, Ivan Martins.
Martins afirma que está fora do PSD. “Não dá mais para ficar, o partido está abandonado”, explica. Ele deve voltar ao DEM, legenda em que estava anteriormente.
Gelson Morelli, o Keka não deve ficar no PSB. “Vou sair, porque nesse tempo todo que estive no partido, não tive apoio nenhum, nenhuma reunião, nada praticamente”, explica. Keka ainda não tem posicionamento definido sobre qual partido vai se filiar, mas recebeu alguns convites e está em negociações.
Outro vereador do PSB, José Zancanaro também não fica no partido. Ele conta que está estudando possibilidades, mas que a “tendência natural é de acompanhar Ciro Roza” e se filiar ao Podemos.
Zancanaro explica que a mudança acontece porque representantes do PSB estão tendendo à esquerda e que esta não é a sua corrente política.
Cleiton Bittelbrunn (Patri) diz que foi procurado quatro partidos: DEM, PP, MDB e DC. O antigo partido de Bittelbrunn, o Partido Republicano Progressista (PRP), se fundiu com o Patriota.
Bittelbrunn explica que nunca se filiou diretamente ao Patriota e que não foi chamado para conversar por representantes do partido para concorrer às próximas eleições.
“Por volta do dia 15 ou 20, vou ter uma decisão. Estou conversando e de portas abertas com todos e aquele que a gente sentir melhor, que tiver mais chances de conseguir a reeleição, vamos aceitar o convite, mas não tem nada definido ainda”, comenta.
Paulo Sestrem (Patri) deve representar o Republicanos. Sestrem conta que seu nome está à disposição para ser candidato a prefeito neste ano, e que o partido tem a intenção de que ele se candidate, mas que a decisão final vai acontecer na convenção do partido.
Sebastião Lima (PSDB) não tem situação confirmada, mas que a princípio deve se transferir para o PL. Lima conta que a proposta de seu novo partido é que ele se candidate novamente ao cargo de vereador, mas que existe também a possibilidade de concorrer como vice-prefeito.