Mais da metade dos profissionais decidem continuar no Mais Médicos
A cada três meses o Ministério da Saúde lança um novo edital do programa para repor vagas
A cada três meses o Ministério da Saúde lança um novo edital do programa para repor vagas
Mais da metade dos brasileiros que optaram no começo de 2015 por trabalhar durante um ano pelo Mais Médicos renovaram seus contratos e poderão ficar por até mais três anos no programa. Os outros 1.173 postos que ficaram em aberto serão disputados pelos 12.791 médicos inscritos no último edital, que devem indicar as opções de cidades até quarta-feira, 27, no site do programa.
No total, em janeiro do ano passado 2.246 profissionais optaram pela modalidade do programa que concede 10% de bônus em notas para ingresso em residências médicas de todo o país, depois de um ano de experiência em unidades básicas dos locais indicados pelo Ministério da Saúde. Destes, 1.266 (56%), que já têm direito ao bônus, escolheram permanecer na vaga.
O bônus na nota foi o diferencial que atraiu médicos com registro nos Conselhos Regionais de Medicina brasileiros a aderirem ao programa. Antes disso, a maioria dos participantes eram médicos cubanos, que vinham pelo convênio entre Cuba e Brasil, intermediado pela Organização Pan-Americana da Saúde.
“Quem está no programa quer continuar”, avaliou o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Hêider Pinto. Ele considerou que este índice de renovação foi uma boa surpresa, já que o esperado era que ao final de um ano os médicos saíssem do programa. Para o secretário, o investimento do governo em infraestrutura da atenção básica, também previsto no Programa Mais Médicos, está fazendo com que os profissionais se interessem por trabalhar nessa área.
O secretário considera a possibilidade de uma parte dos médicos sair em março, depois de resultados das seleções de residência médica. “Mesmo que porventura alguns saiam em março, o índice de permanência está mostrando que se o [Programa Mais Médicos] não é a primeira opção, é a segunda. É uma diferença importante, porque antes a gente não tinha médicos querendo atuar na atenção básica”, disse Hêider Pinto.
A cada três meses o Ministério da Saúde lança um novo edital do programa para repor vagas de médicos que tiveram o tempo de atuação concluído ou que desistiram do programa.
No edital que ainda está valendo, lançado este mês, 12.791 médicos tiveram a inscrição deferida para concorrer as vagas em 649 municípios. Entre eles, 10.652 optaram por participar na modalidade com duração de um ano e bonificação de 10% em provas de residências, enquanto 2.139 escolheram ingressar para permanecer três anos com auxílios moradia e alimentação, pagos pelas prefeituras.
O programa está com 18.240 vagas autorizadas em 4.058 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).
Agência Brasil