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Defesa Civil de Brusque registrou mais de 100 ocorrências na cidade

Deslizamentos e alagamentos geraram prejuízos, mas não deixaram vítimas

Defesa Civil de Brusque registrou mais de 100 ocorrências na cidade

Deslizamentos e alagamentos geraram prejuízos, mas não deixaram vítimas

A Defesa Civil de Brusque registrou mais de 100 ocorrências desde a quarta-feira, 21, quando a chuva começou, até o fim do dia de ontem. Na maioria dos casos, foram alagamentos ou deslizamentos de terra sem vítimas. O Corpo de Bombeiros, que prestou auxilio, atendeu 14 ocorrências relacionadas à chuva.

Renate Klein, diretora da Defesa Civil de Brusque, diz que as ocorrências mais graves foram deslizamentos de terra. No entanto, de modo geral, ela avalia a situação como tranquila porque não houve vítimas. A diretora afirma que ainda não é possível indicar uma região que foi mais atingida. “Foi bem espalhado pelo município”, afirma.

O Corpo de Bombeiros atua em ocorrências de todo o tipo, como a sinalização de uma via atingida. Dentre os chamados, o que se destacou foi uma casa no bairro Santa Luzia que estava com risco de desmoronar. Segundo o tenente Hugo Manfrin Dalossi, comandante do Corpo de Bombeiros, a residência fica próxima do rio e a erosão do solo a ameaçava. A família foi removida e foi para a casa de amigos.

Na rua Nova Trento, no bairro Azambuja, também aconteceu um deslizamento de terra. Já na rua Nicolau Lauritzen duas casas foram bastante destruídas. Valquiria Barbosa Vieira, diarista de 41 anos, é a moradora de uma das residências. A terra atingiu o banheiro, a cozinha e a lateral do quarto do filho. Ela conseguiu tirar apenas os móveis da sala e dos quartos dela e do filho.

“De manhã meu marido estava tomando café na cozinha, e eu estava no quarto e escutei um barulho. Então saí de casa e fui até a parte de trás e quando cheguei lá vi que a terra começou a desmoronar. Só tive tempo de gritar para o meu marido e para o meu filho saírem de casa. Quando voltei, eles já estavam na parte de fora, salvos”, conta Valquiria.

Para a moradora, o mais importante foi ver o filho e o marido bem. “Os móveis não são importantes. O importante é que estamos todos vivos”. Ela levou os móveis para os vizinhos. Alguns deles para Nirio Thomaz, aposentado, que diz que a comunidade precisa ser solidária nestas horas. “É a única coisa que podemos fazer”.


Em Botuverá, foram mais de 50 deslizamentos | Foto: Reprodução/ Facebook
Em Botuverá, foram mais de 50 deslizamentos | Foto: Reprodução/ Facebook

Famílias ilhadas

Em Botuverá, segundo prefeito José Luiz Colombi, o Nene, foram mais de 50 deslizamentos de terra em todo o município. Além disso, cerca de 15 postes de energia da Celesc caíram, a maioria dentro do rio Itajaí-Mirim. “A situação mais complicada é a de 25 famílias que estão ilhadas há quatro dias”, diz. A ponte que dá acesso às casas, no Centro, é baixa. Portanto, com a travessia danificada, os moradores perderam a ligação com o resto da cidade.


Na Cristalina, perto do limite de Guabiruba com Brusque, houve deslizamento | Foto: Divulgação/ Prefeitura de Guabiruba
Na Cristalina, perto do limite de Guabiruba com Brusque, houve deslizamento | Foto: Divulgação/ Prefeitura de Guabiruba

Quatro deslizamentos

A Defesa Civil de Guabiruba atendeu quatro ocorrências de deslizamentos por causa da chuva. Segundo o diretor do órgão, Claudio José Celva, a rua Nicolau Schaefer, no Imigrantes, foi a mais atingida. Por lá, houve duas quedas de barreiras. Em ambos os casos não houve vítimas, mas o trânsito foi fechado para não colocar os motoristas e pedestres em risco. Também foi atendida uma ocorrência no Lageado e outra na Cristalina, perto do limite com Brusque. Apesar disso, Celva afirma que a situação não foi grave.

 

 

 

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