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Mais de 170 atletas participam da 12ª Volta Ciclística Cidade de Brusque

Etapa do circuito ocorreu na manhã deste domingo e atraiu público que fez questão de torcer para os ciclistas

O último dia de provas da 12ª Volta Ciclística Cidade de Brusque – Troféu O Município 65 anos foi marcado pela etapa do circuito. Dos 199 inscritos, 179 correram na manhã deste domingo, 18. Além dos familiares e amigos, muitas pessoas foram acompanhar a atividade e torcer pelos ciclistas.

Ao final da disputa, os cinco primeiros colocados de cada categoria receberam os prêmios da etapa e da classificação geral, ou seja, a somatória das duas provas. Confira aqui os resultados.

Fabio Constantini, presidente da Associação Brusquense de Ciclismo (Brucicle), que é a organizadora do evento, diz que muitos participantes elogiaram a organização, logística e os locais onde ocorreram as premiações. “As equipes de fora ficaram surpreendidas com a organização da cidade, eles gostaram muito. É um sucesso total a 12ª edição”.

A participação dos ciclistas superou as expectativas e ultrapassou a 11ª edição. Constantini diz que com a atual situação econômica do país, muitos não têm dinheiro para viajar longe devido os altos gastos. “Isso é a prova de que temos um grande público prestigiando. Até me surpreendi. Muita gente veio assistir e o clima ajudou muito”, diz.

Veja aqui galeria de fotos da Volta Ciclística

Atletas cruzam a linha de chegada | Foto: Eliz Haacke

Ele corre na categoria Master B pela equipe Brucicle e diz que alguns ciclistas subiram ao pódio. “Isso engrandece a equipe. Tem que representar bem em Brusque e colocar alguém no pódio”, conta aos risos.

Bicampeão brusquense
O ciclista da categoria Elite masculino, André Gohr, de 22 anos, foi o campeão na primeira etapa e ficou em quarto lugar na segunda. No entanto, na classificação geral, o brusquense foi campeão pelo segundo ano consecutivo.

“Sou especialista nessa prova (contrarrelogio) então tinha uma expectativa bacana. Mas claro que os atletas que participam têm um nível muito alto. Consegui vencer, mas foi com uma diferença pequena, foram sete segundos”, diz.

O ciclista da categoria Elite masculina, André Gohr foi bicampeão da Volta Ciclística | Foto: Eliz Haacke

A torcida do ciclista foi composta pelos familiares e amigos que vieram prestigiar o brusquense que corre pela equipe Funvic, de Pindamonhangaba, SP. “Foi bem bacana, na hora que eu larguei o pessoal estava gritando meu nome. É um incentivo a mais”, avalia.

Para Gohr, a cada ano que passa a Volta Ciclística evolui. “Hoje ela é considerada uma prova referência no calendário nacional, as pessoas conhecem e gostam de vir a Brusque pela questão da organização da prova e pela estrutura. É uma prova que de todas as que eu participo eu tenho um carinho especial”, afirma o ciclista.

Topo do pódio
Na classificação geral da categoria Elite feminina, a primeira colocada foi Tamires Radatz, 24, integrante da equipe Avaí, de Florianópolis. Para ela, disputar o título com atletas de ponta foi emocionante e ainda mais importante.

“Sempre esperamos um reconhecimento pois o ciclismo é muito ingrato às vezes. Você precisa de físico, dedicação e ficar controlando 24 horas para chegar em uma prova e dar o teu máximo. Quando a gente consegue alcançar o título é muito gratificante”, diz.

A atleta pratica o ciclismo há quatro anos. Tamires acorda cedo todos os dias e faz questão de treinar de segunda a segunda-feira. Além disso, ela concilia o esporte com o trabalho, academia e vida pessoal. “Com o título eu vejo que estou no caminho certo”, declara.

Tamires Radatz foi a campeã da Volta Ciclística na categoria Elite feminino | Foto: Eliz Haacke

A sensação de concorrer com tantas atletas de ponta e ser a vencedora é ainda melhor, na avaliação de Tamires. “Esse ano foi muito bom para mim pois fui convocada para a seleção brasileira para disputar o Pan Americano lá no México. Também já corri no Uruguai, onde a segunda colocada mora. Ver que os brasileiros e atletas de fora estão batendo guidão juntos é incrível pois nos faz abrir mais horizontes”.

Outro fator importante para a campeã é o espírito de equipe. “Tem que ter, porque no ciclismo se trabalha em equipe. Tu vais bem mais longe quando tens uma equipe junto”, explica.

Do Norte para o Sul
A equipe Topazza Team, do Amapá, participou da competição com cinco atletas. De acordo com Geni Frota, 46, que faz a preparação psicológica dos ciclistas, a equipe surgiu há três anos. “Estamos em terceiro lugar no ranking nacional e a nossa meta é fechar a temporada em segundo. Por isso estamos indo atrás de provas que tenham peso no ranking nacional”, diz.

A equipe amapaense tem esse nome devido ao beija-flor topaza pella que é comum no Norte. “O significado é brilho de fogo porque quando ele voa parece que ele está pegando fogo. Por isso o nome da equipe”, explica.

Segundo ela, a preparação psicológica da equipe começa de forma individual. Geni diz que é monitorado o funcionamento do atleta, como ele está, os condicionantes que têm na cabeça, depois isso é levado para o coletivo.

Atletas do Amapá disputaram a categoria Elite masculino | Foto: Eliz Haacke

“Um diferencial da nossa equipe é que nós conversamos antes e depois da prova. Aprendemos antes e depois. Utilizamos esse mecanismo para saber o quão longe vamos e tem dado muito certo”, diz.

Uruguai marca presença
A uruguaia que ganhou em segundo lugar na disputa do circuito na categoria Elite feminina, Ana Seijas, 35, da equipe Club Ciclística Fênix, participou da competição pela primeira vez. A moradora de Rocha, no Uruguai, achou muito bonito o percurso e a cidade.

O pai de Ana era ciclista e a motivou a entrar no esporte. Ela pratica o ciclismo há pouco mais de quatro anos. “Temos muitas pessoas na família que pedalam”, diz. Ana afirma que o título a deixou muito contente e que pretende voltar para participar da próxima Volta Ciclística em Brusque.

Ana Seijas veio do Uruguai para participar da competição | Foto: Eliz Haacke