Mais de 70% das famílias de Guabiruba não enviaria alunos se aulas presenciais voltassem em agosto
Pesquisa foi desenvolvida antes da suspensão das aulas presenciais até 7 de setembro
Uma pesquisa realizada pela Secretaria Municipal de Educação de Guabiruba revelou que mais de 70% das famílias do município não enviariam seus filhos para aulas presenciais caso elas retornassem em agosto. No entanto, a suspensão foi prorrogada até 7 de setembro, a princípio.
A pesquisa foi feita através de um formulário de perguntas que ficou disponibilizado on-line entre os dias 10 e 17 de julho. O documento levanta diferentes tipos de informação. Primeiro, demonstra os números reais da educação municipal de Guabiruba, como número de alunos matriculados por família e distribuição deles por séries e escolas.
Em seguida, procura saber se os alunos têm rotina de estudos, quantas horas por dia são dedicadas às tarefas escolares e quem costuma ajudá-los com mais frequência. Informações sobre a estrutura das famílias para oferecer suporte aos estudos remotos também foram levantadas como a qualidade do sinal da internet e quais as principais dificuldades para estudar em casa.
Confira os dados da pesquisa
Além da informação de que a maioria das famílias não pretende enviar seus filhos para aulas presenciais tão cedo, a pesquisa também mostra que quase 60% das famílias têm somente uma criança matriculada na rede municipal de ensino.
Em números aproximados, a distribuição é da seguinte forma: 47% nas creches e pré-escola (educação infantil), 45% 1º ao 5º ano (ensino fundamental) e 37% 6º ao 9º ano (ensino fundamental).
A maioria dos estudantes (56%) afirma ter uma rotina de estudos em casa e 49% deles informaram que dedicam entre uma e três horas por dia para as tarefas. Em 51% dos casos, quem ajuda as crianças nessas atividades é a mãe. Mais de 96% têm internet em casa e quase 93% consideram o sinal razoável, bom ou excelente.
Entre as dificuldades apontadas pelas famílias para a realização dos estudos remotos estão a falta de equipamento (computador ou celular), falta de internet, falta de conhecimento tecnológico ou pouco tempo para acompanhar as atividades.
Mais de 54% das famílias informaram que o aluno não convive com alguém considerado do grupo de risco para a contaminação por coronavírus. Mesmo assim, as famílias optam neste momento, em sua maioria, por manter as crianças em casa.
O secretário municipal de Educação, Alfred Nagel Neto, disse ter ficado muito feliz com o retorno da comunidade escolar. “Grande parte das famílias aderiu à ideia de responder a pesquisa e boa parte ainda comentou o trabalho feito pela secretaria, manifestando-se quanto às atividades a distância. Os números demonstram a aflição em que toda a nossa sociedade se encontra neste momento conturbado, sinalizando que mais de 70% das famílias não enviariam seus filhos à escola por medo da doença”, conclui.