Mais de 70 servidores pediram demissão da Prefeitura de Brusque em 2021
Setor público leva de um a 15 dias para substituir a vaga da pessoa que saiu
Durante 2021, 71 servidores da Prefeitura de Brusque pediram demissão dos cargos que ocupavam. Março e julho foram os meses que mais registraram pedidos de desligamentos, sendo 10 em cada.
Os dados foram coletados pela reportagem do jornal O Município no Diário Oficial. Os números contabilizam apenas as pessoas que pediram demissões, e não os términos de contratos dos servidores, ou as demissões ocorridas por iniciativa da prefeitura.
Educação lidera os pedidos
Dos servidores que pediram demissão em 2021, grande parte atuava na Secretaria de Educação, totalizando 27 desligamentos, sendo a pasta mais afetada. A diretora de Recursos Humanos da Prefeitura de Brusque, Anelise Ketzer explica que é normal a pasta ter o maior número de pedidos de demissões, visto que concentra a maior quantidade de servidores contratados.
Outras pastas também foram afetadas com os pedidos de demissão no decorrer de 2021, mas os números não são tão expressivos quanto os da Secretaria de Educação. Os destaques são os agentes administrativos, sendo nove demissões; seguidos pelos serventes de serviço geral, com cinco; e técnicos de enfermagem, com três pedidos.
O levantamento também mostra os pedidos de demissões de outros profissionais, como psicóloga, fisioterapeuta, engenheira civil, engenheiro químico, chefe de mídias e internet, telefonista, entre outros.
Reposição dos profissionais
É comum os servidores pedirem demissão para assumirem vagas na própria prefeitura por meio de concurso público, conforme explica o setor de Recursos Humanos da prefeitura. Além disso, muitos também conseguem outras oportunidades com a prova.
A reposição desses trabalhadores é feita por meio de processos seletivos ou até mesmo com um concurso público. “Todas as contratações são publicadas e as chamadas são feitas por Edital de Convocação, publicado no Portal de Transparência”, explica a diretora.
O secretário de Fazenda e Gestão Estratégica, William Molina, explica que caso o funcionário que pediu a demissão for um ACT, ou seja, admitido em caráter temporário, a substituição é feita pelo processo seletivo. “Podem ser substituídos a partir do momento que o efetivo não esteja no cargo ou o ACT peça a demissão, nós fazemos a reposição através desse processo”.
Já quando o pedido de demissão parte de um servidor efetivo, a prefeitura analisa se o último concurso público realizado para o cargo ainda tem validade. Sendo assim, os próximos colocados na lista são chamados para a vaga.
“Se não houver, a própria lei permite que seja feito contrato em caráter temporário através de processo seletivo para que a atividade não fique prejudicada”, salienta Molina.
Ainda de acordo com o secretário, o tempo para cobrir uma vaga varia de um a 15 dias, dependendo da publicação da convocação e comparecimento do próximo candidato ao cargo.
“A reposição, de alguma forma ou outra, sempre prejudica a continuidade do serviço público. O novo servidor passa pela fase de aprendizado e adaptação, comum em todas as contratações, tanto no órgão público quanto na iniciativa privada”, finaliza.
Colaborou Vitor de Souza Dias
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