Mais de 80 km de emoção: conheça alguns competidores desta edição do Rally Fenajeep
Na prova, competidores passam por estradas de Brusque, Guabiruba, Botuverá e Ilhota
Nesta 28ª edição da Festa Nacional do Jeep, 42 pilotos e navegadores se inscreveram para participar do Rally Fenajeep, realizado em Brusque desde 1993. A prova iniciou às 11h deste sábado, 18, e antes da largada, os pilotos estavam na expectativa do que encontrariam pela frente.
Além de integrar as atrações do maior evento off-road da América Latina, o Rally Fenajeep também conta pontos para o Campeonato Catarinense de Rally Scherer 4×4.
Ao longo de três horas de prova, os competidores passam por estradas de Brusque, Ilhota, Guabiruba e Botuverá. O diretor de prova, Alexandre Rech, destaca que as pistas criadas para o rally são um desafio a parte, diferente do que acontece em outras etapas do campeonato estadual.
Leia também: Saiba valores de entradas, programação e como vão ser as provas da Fenajeep 2022
Inicialmente, a prova foi projetada para 113 quilômetros, entretanto, com a chuva de sexta-feira, 17, a organização decidiu reduzir o trajeto visando a segurança de pilotos e navegadores.
“Estamos trabalhando nesta prova há um tempo. Essa semana levantamos toda a prova em tempo seco e ontem [sexta-feira] choveu, o que já era esperado, mas o terreno muda muito. Fica completamente diferente, então baixamos a média para ter mais segurança e também reduzimos para cerca de 80 quilômetros”, explica.
Estreia no rally
O casal Daniel Zabotti e Gabriela Pauli de Roth, de Florianópolis, fizeram sua estreia no Rally Fenajeep neste sábado. Antes do início da prova, eles estavam na expectativa já que estão mais acostumados com trilha e não com rally.
“Essa é a nossa primeira vez e queremos aprender bastante. O rally de regularidade é manter a calma e fazer o trajeto correto, com o menor número de erros possível”, destaca o piloto.
Gabriela é a navegadora da dupla e conta que na noite anterior da prova se preparou assistindo vídeos no YouTube de navegadores experientes para poder melhorar sua performance na prova. “Também fiz uma marcação nas minhas mãos identificando qual é a direita e qual é a esquerda para facilitar na hora da navegação”, conta.
Experiência na competição
De Piratuba, no oeste do estado, veio Leandro Riffel, 42 anos. Ele já tem experiência de outras edições do Rally Fenajeep e estava ansioso pelo retorno do evento após dois anos de pausa. “O rally é uma das maiores disputas do evento, é uma prova de renome nacional. É uma prova grande, com competidores de qualidade em que a chegada ao pódio é no detalhe”, destaca.
Força feminina
Seguindo os passos do pai, Isadora Godoy Schulze, 14 anos, fez sua estreia como navegadora no Rally Fenajeep. Moradora de Caçador, no meio oeste do estado, a jovem foi a campeã da etapa de Caçador do campeonato estadual e estava ansiosa para o início da prova em Brusque neste sábado.
O pai, Evaldo Schulze, 58 anos, estava orgulhoso de poder competir ao lado da filha. “Fazia rally ao lado do meu filho e agora chegou a vez dela. Estou muito feliz de ter essa oportunidade”.
A navegadora estava nervosa, mas confiante no desempenho. “Como choveu, o barro está muito liso. A navegação não pode se distrair, tem que estar muito atenta a tudo”.
Mulher na direção
Alexia Dierberger, 26 anos, de São Paulo, é a única mulher a pilotar um 4×4 nesta edição do Rally Fenajeep. Ela iniciou no mundo dos rallys no ano passado, no Transcatarina, mas sua paixão pelo off-road vem desde a adolescência, sempre ao lado do pai nas competições.
De forma natural, ela começou a pilotar, sempre incentivada pela família e na Fenajeep, veio para competir ao lado da navegadora Aline Stal. “Comecei a procurar lugares abertos a receber mulheres e o rally tem uma abertura enorme. Estou aqui para incentivar mais mulheres a se aventurarem”.