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Mais de 90% dos alunos da rede municipal de Brusque fazem atividades online

Ambiente virtual Moodle e WhatsApp são as ferramentas mais utilizadas nas atividades escolares à distância

Desde a última segunda-feira, 6, os alunos da rede municipal de ensino de Brusque estão estudando no formato não presencial. Isso se deve ao decreto de suspensão das aulas presenciais em todo o estado, que será estendido até o dia 31 de maio, em virtude da quarentena contra o coronavírus.

O método de ensino não presencial foi o formato adotado de acordo com as diretrizes da Secretaria de Educação de Brusque, com o objetivo de continuar as aulas da educação infantil e ensino fundamental, sem prejudicar o ano letivo.

Na educação infantil, a escolha foi pelo aplicativo WhatsApp, pelo qual os professores mantém contato com os familiares e enviam as atividades. No ensino fundamental, as aulas estão presentes no Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle, além da possibilidade dos professores utilizarem outros aplicativos e ferramentas online que considerarem úteis. Para as famílias que não possuem acesso à internet, a escola disponibiliza atividades no formato impresso que pode ser entregue em casa ou retirada diretamente na escola. 

De acordo com a secretária de Educação, Eliani Aparecida Busnardo Buemo, nos dois primeiros dias de acesso ao Moodle, isto é, segunda-feira, 6, e terça-feira, 7, o sistema travou devido à grande quantidade de acessos simultâneos. Na terça-feira, às 16h, manutenção foi feita para que o sistema suportasse a quantidade de acessos. Resultado disto, na quinta-feira, 9, o ambiente teve mais de quatro mil acessos simultâneos sem travar. 

Segundo a secretária, a rede municipal de ensino de Brusque tem 14.070 estudantes. Destes, 12.718 possuem acesso às atividades online, especificamente 90,4% da rede. Na educação infantil, de 36 unidades de ensino, 14 tem acesso 100% online, e as demais tem entre 90,8% e 99,2% de acesso às atividades online. 

No ensino fundamental, 12 escolas da rede possuem mais de 90% de acesso ao conteúdo online, nove escolas possuem entre 70% a 90% de acesso online, e apenas uma escola de campo que possui 28 alunos matriculados tem o material 100% impresso, conforme informações da secretária. 

Sobre a adesão dos familiares dos alunos, Eliani destaca que superou as expectativas e a parceria tem interessante. Ela ainda explica que, embora algumas famílias tenham acesso à internet, estas preferiram buscar as atividades impressas. Nestes casos pontuais houve alguns problemas tecnológicos, e a dificuldade de acesso ao conteúdo. 

A fim de evitar isso, a secretaria elaborou diversos vídeos com tutoriais, explicando como funcionam os ambientes de aprendizagem, para facilitar o acesso dos estudantes. Apesar dessas situações, a secretária considera que para a primeira semana o processo é promissor, e o objetivo é aperfeiçoá-lo cada vez mais.

O ensino e a tecnologia

Para Eliani, que lecionou durante 37 anos, a educação nunca mais será mesma depois deste processo. Ela acredita que o processo de informatização do ensino estava muito lento e esta situação fez as escolas utilizarem como alternativa a tecnologia. 

A secretária destaca que é a favor do uso das tecnologias no ensino, mas questiona a forma de usar o celular para usar redes sociais e fazer coisas não construtivas. “Mas agora o momento é para usá-lo de uma forma que vai nos auxiliar a construir sobretudo o conhecimento. Então é o momento em que nós vamos aprender juntos, tanto jovens quanto adultos”, finaliza.