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Mais de 90% dos trabalhadores dos Correios de Brusque estão em greve

Informação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Correios

Seguindo a greve nacional dos Correios, que ocorre nesta terça-feira, 18, Brusque conta com 92,5% dos seus trabalhadores parados. A informação foi repassada pelo gerente sindical do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Santa Catarina (Sintect-SC) em Brusque, Robson Paladini.

Trabalhadores dos Correios deflagraram greve para protestar contra a proposta de corte no Acordo Coletivo, apresentado pela direção da ECT. Em 2020, com a pandemia, a diretoria dos Correios passou a afirmar que segue as diretrizes do governo Bolsonaro, para reduzir os efeitos negativos da crise, com isso, apresenta uma proposta de cortes no Acordo Coletivo de Trabalho.

De acordo com Paladini, em Brusque, apenas três trabalhadores seguem atendendo na agência dos Correios no Centro, localizada próximo ao campo de futebol do Brusque. Ele informa que a greve será por tempo indeterminado, mas na sexta-feira, 21, deverá ser realizada uma avaliação da greve.

“No sábado, 22, a avaliação será feita no Brasil todo e devemos ter um posicionamento concreto”, comenta o gerente sindical. Ele ressalta que a greve não está solicitando aumento salarial, e sim, procura obter a manutenção dos direitos adquiridos dos trabalhadores. Paladini informa que quatro tickets de alimentação e um para o final do ano estão sendo cortados, além do Vale Cultura no valor de R$50 por mês.

Casos de coronavírus

O gerente sindical destaca que também estão sendo solicitadas melhores condições de trabalho devido ao Covid-19. Ele comenta que houveram vários casos positivos entre os funcionários, e a empresa somente afasta as pessoas, sem fazer testagem, além de não realizar a higienização correta do local de trabalho quando há casos positivos.

“Nós fizemos parceria com os trabalhadores e custeamos a maior parte dos exames, quando a empresa mandou apenas afastar. Fizemos o teste e identificamos mais um funcionário com Covid-19 que era assintomático e poderia passar para a população”, comenta Paladini.

Nota do sindicato

Além dos outros direitos, no plano de saúde, a empresa propôs adequar o texto para deixar de ter a responsabilidade de oferecer o benefício. Para a categoria, isso é considerado um “grande ataque”.

“A empresa está chamando de repactuação, mas na verdade, está determinando o corte de benefícios que são para os trabalhadores conquistas e o resultado da luta por melhores condições de trabalho e de vida pelo tempo de serviços prestados ao sistema de envio e entrega de correspondências no Brasil”, explica o Sintect-SC, em nota.


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