09Repetindo: é espantosa a quantidade de filmes lançados em 1968 que influenciaram gerações. Hoje temos mais três destaques, de gêneros variados.

Começando por um preferido pessoal, o cult O Leão no Inverno tem um elenco maravilhoso: Peter O’Toole e Katharine Hepburn são o rei e rainha protagonistas – e entre seus filhos está um quase novato Antony Hopkins. O melhor do filme, apesar dos grandes nomes envolvidos, é sua história e seus diálogos. Uma aula de política. Obrigatório. Ganhou três Oscars: melhor atriz, roteiro adaptado e trilha sonora.

Quem precisa explicar a importância de Barbarella? Em uma ficção científica nada hollywoodiana, Roger Vadim dirige Jane Fonda com paixão – não custa lembrar que ele foi o cara certo na hora certa: foi casado – e dirigiu – três divas talentosas dos anos 60/70: Brigitte Bardot, Catherine Deneuve e a própria Fonda. Escreveu até um livro sobre esses relacionamentos. Que, até, vale a leitura!

Para completar a trinca, um exemplo de comédia inteligente. Um Convidado Bem Trapalhão, uma das colaborações entre Blake Edwards e Peter Sellers – no ano seguinte, fizeram “apenasmente” A Pantera Cor-de-Rosa. Talvez, hoje, o personagem indiano de Sellers fosse considerado uma versão de blackface (aquelas atuações em que atores brancos pintam a cara para interpretar personagens negros) que não seria mais admissível. Mas, na época, é bom lembrar, ainda não havia esse questionamento.

Semana que vem, que tal uma sessão da tarde caprichada?