Mais um caso de golpe telefônico
Números de celular do Nordeste do Brasil ligam pedindo dinheiro em troca de prêmios
Um homem de 49 anos quase foi vítima de golpe telefônico no final de semana. Ele recebeu uma mensagem de celular de um número de Pernambuco que dizia que havia ganho R$ 25 mil e um Volkswagen Gol Flex zero quilômetro. Logo em seguida um homem ligou para a vítima para explicar os procedimentos para o recebimento do prêmio. Segundo o golpista, o Banco do Brasil, Santander, Bradesco, Itaú, Caixa Econômica e Volkswagen estariam realizando a promoção. Tudo o que o “sortudo” tinha que fazer para colocar a mão na bolada e no carro novo era ir à uma agência da Caixa retirar um extrato da conta bancária dele e informar o número junto com um protocolo repassado pelo estelionatário. Antes de efetuar a operação, a vítima entrou em contato com o banco e ficou sabendo que não existe tal promoção e que isso é um golpe.
Desta vez não houve prejuízo mas, na semana passada, outra pessoa perdeu R$ 12 mil num golpe semelhante praticado por estelionatários usando um número de celular de Rondônia. No espaço de menos de cinco dias, pelo menos três boletins de ocorrência foram registrados na Delegacia de Polícia Civil de Brusque por golpe ou tentativa. O delegado Ismael Gustavo Jacobus diz que a prática ainda faz vítimas, apesar da ampla divulgação pela mídia e pelas polícias esclarecendo sobre os golpes telefônicos.
No caso de “promoções”, e prêmios inesperados, a recomendação do delegado é para que se desconfie de tudo o que está sendo dito. “A pessoa deve entrar em contato com a instituição ou até mesmo olhar na internet se a ação existe. E, se perceber que é golpe logo no começo, desliga o telefone na hora”, afirma. Além disso, nenhuma promoção exige que seja depositado um valor como sinal para receber a premiação. Na ocorrência da semana passada, a vítima entregou R$ 12 mil para os golpistas, acreditando que, depois, receberia um prêmio de R$ 50 mil. Outra solicitação dos bandidos é por créditos de celular. Eles mandam a vítima comprar recargas para outro número. Jacobus afirma que essas ligações pedindo créditos geralmente são feitas de dentro de presídios.