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Mais um passo

O Brusque teve o jogo mais tranquilo do ano contra o Prudentópolis. Dominou o adversário do começo ao final da partida, abriu o placar com a tranquilidade de Lima e teve o pênalti no segundo tempo para sacramentar a vitória. O jogo estava tão fácil que o time se deu ao luxo de relaxar no […]

O Brusque teve o jogo mais tranquilo do ano contra o Prudentópolis. Dominou o adversário do começo ao final da partida, abriu o placar com a tranquilidade de Lima e teve o pênalti no segundo tempo para sacramentar a vitória.

O jogo estava tão fácil que o time se deu ao luxo de relaxar no final. Não deu espetáculo, mas também não foi efetivamente testado. Mas, pelo menos, agora o time conta com Lima, um goleador nato, cuja presença já muda o comportamento do adversário.

Eliomar, a outra novidade, pouco fez. Ainda é cedo pra avaliar, ainda mais se considerarmos que Pingo usa um esquema tático que ainda não cria uma grande força ofensiva.

Amanhã o adversário é o Mogi Mirim, time que está na iminência de falir. Terá que jogar em Águas de Lindoia porque não tem dinheiro para liberar seu estádio. Caiu recentemente para a quarta divisão paulista e sofre com salários atrasados e estrutura precária.

É uma situação até delicada para o Bruscão, que pegará um franco-atirador pela frente, sem compromisso nenhum com o campeonato (só disputa a Série D pela vaga automática dos rebaixados da C do ano passado) e com a obrigação de fazer seis pontos, amanhã e na semana que vem, dentro de casa.

Considerando que o time não teve competência para bater o São José com um homem a mais durante todo o segundo tempo, a partida não será assim fácil. Ainda acredito muito que o Brusque disputará o primeiro lugar do grupo com o São José lá na última rodada, mas é necessário que o time faça sua parte e vença os adversários menos qualificados.


Balanço
O Brusque divulgou nesta semana o seu balanço financeiro de 2017, atendendo ao que exige o Estatuto do Torcedor. Os números revelaram que o clube teve um prejuízo de R$ 100 mil no último ano. A arrecadação do clube subiu consideravelmente (mais de R$ 2,5 milhões), impulsionada pela cota da Copa do Brasil, mas o custo da temporada foi de R$ 2,658 milhões. Os números podem assustar, mas são pequenos diante de outros clubes do estado. O Metropolitano teve um prejuízo de mais de R$ 300 mil, enquanto o Joinville fechou a última temporada com um rombo superior a R$ 14 milhões e com vários empréstimos a pagar para ex-presidentes.

Público
A Série D é um campeonato feito para ser deficitário. O jogo Brusque x Prudentópolis, na quente tarde de sábado, teve apenas 424 torcedores presentes, gerando uma renda de pouco mais de R$ 9 mil reais. Com certeza, o clube pagou pra jogar. Semana que vem, contra o Mogi Mirim em pleno Dia das Mães, não vai ser fácil pra colocar gente no estádio. Mas isso não é exclusividade daqui. A maioria dos outros jogos tem públicos ainda menores.

Suspensa
A Chapa de Oposição da eleição para a presidência da Federação Catarinense de Futebol conseguiu decisão judicial que suspendeu o pleito marcado para a última segunda-feira, 30. A Justiça entendeu que o processo como um todo possuía problemas que prejudicariam, inclusive, a democracia. Enquanto não aparece uma decisão sobre o caso, o atual presidente, Rubens Angelotti, tenta sensibilizar, usando o site oficial da FCF pra fazer campanha.

E fica a pergunta..
E o Brusque, que seguidas vezes criticou a FCF, vai preferir continuar com o que está, com a estrutura deixada pelo ex-presidente Delfim, ou quer um fato novo que busque tirar o futebol catarinense do mesmo?