Mancha no mar chama atenção em São Francisco do Sul; entenda causas

Denúncia enviada à prefeitura informava possível vazamento de óleo

Mancha no mar chama atenção em São Francisco do Sul; entenda causas

Denúncia enviada à prefeitura informava possível vazamento de óleo

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) foi acionada para verificar o que seria uma mancha vista no mar de São Francisco do Sul nesta terça-feira, 12. A informação chegou ao órgão por meio de denúncia, que indicava que um possível vazamento de óleo havia atingido a Baía da Babitonga.

Prefeitura de São Francisco do Sul/Divulgação

Após a notificação, equipes da SMMA se deslocaram até as praias do Sumidouro e Capri, onde estaria a mancha. Foram feitas análises das faixas terrestre e marítima, a fim de identificar o que teria deixado trechos da água mais escuros.

Explicações

Com a inspeção do trecho, foi possível identificar que não havia presença de óleo sobrenadante ou resíduos característicos de vazamento de óleo no mar, aponta a SMMA. As equipes chegaram a conclusão de que a mancha teria sido causada pela própria natureza.

“Nesta região existem vastas áreas de manguezais, que são responsáveis por elevadas taxas de produtividade biológica, onde os nutrientes e matéria orgânica são encontrados em abundância. Nesse cenário, aliado a circulação promovida pelo fluxo e refluxo das marés, potencializada pela intensa precipitação pluviométrica ocorrida nos últimos dias, certamente, houve o deslocamento de maior volume de sedimentos com matéria orgânica em direção ao mar”, aponta nota técnica divulgada pela SMMA.

Outro fator, segundo órgão, diz respeito a própria cor da água, que pode varia de tom durante o ano de acordo com a disponibilidade de fitoplânctons ali presentes, podendo ficar mais escura em consequência da alta presença deste conjunto de organismos aquáticos.

Prefeitura de São Francisco do Sul/Divulgação

“Quando ocorre o encontro da água doce e água salgada, em decorrência da água doce ser mais leve e com temperatura diferente, o fluxo hídrico tende a formar plumas de dispersão ao longo dessa zona de mistura, na maioria das vezes, de cores diferentes, como ocorreu na data de hoje no estuário em direção a Baia da Babitonga”, explicam.

Apesar de não ter sido identificado vazamento do óleo no local, a SMMA solicitou ao o Terminal Gás Sul (TGS) a entrega dos laudos das coletas de águas superficiais realizadas por laboratório credenciado na data em questão para acompanhamento dos resultados.

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