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Manifestação em apoio à Lava Jato reúne grupo na praça Sesquicentenário, em Brusque

Moradores da região protestaram contra o STF e defenderam combate à corrupção

Dezenas de pessoas participaram da manifestação em apoio à Lava Jato e à Lava Toga e contra o Supremo Tribunal Federal (STF) em Brusque. No horário marcado pelo Movimento Brusque Contra a Corrupção (MBCC), às 16h de domingo, 7, poucos compareceram na praça Sesquicentenário, em frente à prefeitura.

A manifestação no município fez parte de um movimento nacional, articulado por movimentos que defendem a operação Lava Jato. Rold Kamp, um dos organizadores, acredita que o baixo número de participantes foi provocado por ser um tema “mais técnico”.

Kamp avalia que o assunto dessa manifestação, “contra o STF”, é mais técnico e próximo de quem acompanha a política, por isso tem menos apelo. Em 2016 a pauta era contra a corrupção e a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff, mais ampla.

Kamp diz que essa manifestação mostra que o grupo contra a corrupção que existe na cidade continua ativo. Segundo ele, desde 2011 são realizadas manifestações, ou seja, há oito anos.

“A pauta de hoje a nível nacional foi reforçar o apoio à lava jato, que tem conseguido tantos resultados para o Brasil, com punição de culpados”, afirma Kamp.

“A corrupção era endêmica e continua sendo, porém, as pessoas estão com cada vez mais medo. Mas sabemos que não parou. É de apoio à Lava Jato e também apoio à CPI Lava Toga”, acrescenta o ativista.

Kamp diz que o movimento também defende o fim das indicações sem critério para os tribunais superiores. “Precisamos repensar as indicações dos integrantes dos tribunais. Vimos nos últimos anos mais explícito que não eram pessoas capacitadas”.

Sidnei Sokoloski, perito contador e morador de Brusque, compareceu no evento, assim como já fez em outras manifestações, desde 2013. Ele é um dos fundadores do MBCC.

“Não estamos aqui contra ou favor do presidente, mas contra o STF, que está legislando. Ele é o guardião da Constituição, mas está legislando em favor dos corruptos”, afirma Sokoloski.

Ele diz que o combate à corrupção deve continuar. “Queremos o Temer na cadeia, o Zé Dirceu, mas não só o PT, todos. Inclusive, se o nosso presidente fizemos algo, deve ter um espaço para ele”.

Osmar Vicentini, assessor parlamentar do deputado federal Fábio Schiochet (PSL-SC), esteve no ato. Ele afirma que sempre se manifestou e que também representava o deputado.

Vicentini lamenta o baixo número de participantes. Ele acredita que as pessoas pensam que o problema é do outro, mas, na verdade, é de todos.

“Vejo com tristeza que tem pouca população presente. Pedimos que o povo esteja presente, só assim se mobiliza o parlamento, para dar continuidade ao nosso projeto, de bem-estar social, de democracia, de liberdade. Veja o que acontece nos países onde tem vermelho no meio”, comenta o assessor parlamentar.

“Faço a defesa dos direitos cívico-morais do nosso país, pela moralização, pelo bem-estar da população e para dar continuidade ao que fizemos no passado frente o Bolsonaro. Um país com liberdade e democracia”, acrescenta Vicentini.