Manifestação em repúdio ao estupro coletivo reúne cerca de 40 pessoas, em Brusque

Ato iniciou na praça da Cidadania e seguiu em passeata até a praça Sesquicentenário

Manifestação em repúdio ao estupro coletivo reúne cerca de 40 pessoas, em Brusque

Ato iniciou na praça da Cidadania e seguiu em passeata até a praça Sesquicentenário

Cerca de 40 pessoas participaram da manifestação em repúdio ao estupro coletivo sofrido por uma jovem brusquense e denunciado nesta semana. O protesto, intitulado Todas contra 8, foi organizado pelo coletivo feminista Maria Vai Com as Outras, e reuniu homens e mulheres de todas as idades na praça da Cidadania na noite desta quinta-feira, 28.

 

O objetivo da manifestação, que seguiu em passeata até a praça Sesquicentenário, foi expressar indignação com o caso que chocou o município, além de chamar a atenção para a violência contra a mulher.

Vestidos de preto, com o rosto pintado e segurando cartazes, os manifestantes deixaram claro que a culpa por qualquer tipo de violência nunca é da vítima. “Muitas vezes a mulher vai pelo julgamento das outras pessoas e se cala, ou ainda, acaba passando de vítima para culpada. Isso não pode continuar assim. A nossa intenção é se unir e mostrar que estamos aqui para apoiar e pedir justiça pela minoria”, afirma a professora Elizandra Polak.

 

De acordo com ela, o ato foi de conscientização pela falta de direitos das mulheres. “Esse caso veio de encontro com essa necessidade que a cidade tem de informação, de reconhecer que as mulheres tem vez e voz. Quando se repele um ato feminista, muitas vezes está ligado à falta de informação e é isso que estamos proporcionando aqui também”, destaca.

A secretária geral da União Catarinense dos Estudantes, Ketria Spiazzi Angiolett, e também uma das criadoras do coletivo feminista, ressalta que o que aconteceu com a jovem brusquense é crime e, portanto, tem que ser julgado. “Foi desumano o que foi feito com ela. Ela sofreu estupro e espancamento e um boletim de ocorrência não é o suficiente? Tem que ser, sim. O que aconteceu foi crime, queremos mostrar os nossos direitos e trazer conscientização para a cidade”.

Ela conta que o grupo feminista foi criado no começo deste ano e, desde então, tem se surpreendido com o número de feministas existente em Brusque. “Começamos a identificar várias feministas em Brusque que não conhecíamos e isso me surpreendeu muito pelo conservadorismo da cidade. Nos reunimos a cada 15 dias para estudar sobre o feminismo e também para definir ações como esta de hoje. Só queremos mostrar que temos igualdade de direitos”.

Os estudantes Vanollo Venturi, 17 anos; Natan Lopes, 16 anos; Diego Clemer, 17 anos e Raynnier Nicolas, 20 anos, acharam importante apoiar a causa e também participaram da manifestação. “Não podemos deixar algo deste tipo em branco. Aconteceu com uma pessoa que não conheço, mas amanhã pode ser minha mãe, minha irmã, minha namorada. Não podemos deixar isso cair no esquecimento”, opina Natan.

  • Confira vídeo da manifestação:

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