Manifestantes informam que polícia não tentou negociação para encerrar bloqueios de rodovias em Brusque
Na Antônio Heil, alguns pediam intervenção militar, o que é inconstitucional
Os bloqueios nas rodovias Antônio Heil, Ivo Silveira e Pedro Merizio, em Brusque, seguem na manhã desta terça-feira, 1º. Os manifestantes seguem no aguardo de um pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas eleições de domingo, 30.
Aldinei de Souza, o Nei, presidente do PL de Brusque, está no bloqueio na Ivo Silveira, que liga Brusque e Gaspar. Os dois sentidos da pista estão interrompidos. “Os caminhoneiros e a comunidade se juntaram e fecharam”, destaca. Cinco caminhões estavam parados no meio da via no momento da visita da reportagem e não havia fila. Os manifestantes também montaram uma barraca no local. Apoiadores do movimento e curiosos também iam e voltavam ao local.
Os manifestantes permitem a passagem de ambulâncias, idosos, motocicletas, veículos da prefeitura e carros-fortes, mas outros motoristas são impedidos de passar e orientados a buscarem rotas alternativas.
Nei ressalta que a manifestação é pacífica. De acordo com ele, as polícias passaram pelo local e demonstraram apoio aos protestos contra o resultado da eleição.
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Ele afirma que os manifestantes esperam que Bolsonaro faça alguma declaração até esta quarta-feira, 2, e que continuarão lá até que isso aconteça. Nei ainda afirma que tem apoio de empresários da região. “Passamos a noite e dormimos aqui, tem camas nos caminhões. Estamos nos revezando”.
Segundo o presidente do PL de Brusque, nenhuma decisão judicial chegou ao conhecimento dos manifestantes até agora, mas que eles vão aderir caso a Justiça determine o desbloqueio da rodovia.
Pedido de intervenção militar na Antônio Heil
Na rodovia Antônio Heil, que liga Brusque e Itajaí, a concentração de pessoas é maior. Os manifestantes permitem a passagem de ambulâncias, idosos, crianças autistas e veículos da prefeitura, mas motocicletas e carros comuns estão apenas fazendo o retorno.
Alguns manifestantes estavam com faixas pedindo intervenção militar na Antônio Heil, o que é inconstitucional.
De acordo com um dos manifestantes, que preferiu não se identificar, a manifestação conta com caminhoneiros da região de Brusque, mas também pessoas de carro e moto, que seguem se juntando ao movimento. “Não aceitamos o Lula”, diz.
Segundo o manifestante, a polícia esteve no local, mas não fez nenhuma tentativa de desmobilizar o protesto.
Eles informam que também aguardam declarações de Bolsonaro e não receberam decisões judiciais até o momento. “Vamos aderir ao que o presidente falar. Vamos cumprir a decisão da polícia e do presidente”.
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