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Marchewsky deve disputar eleição majoritária pelo PMDB

Nome do vereador é admitido como mais provável também por Danilo Rezini, candidato em 2014

Ao que tudo indica, o PMDB indicará um candidato à cabeça de chapa nas próximas eleições municipais diretas, a serem realizadas em 2016. Guilherme Marchewsky, vereador, e Danilo Rezini, empresário, são os nomes cotados para puxar a candidatura, sendo que o primeiro tem, atualmente, mais chances.

O consenso existente entre os membros do partido é que esta é a hora de uma candidatura própria. “Estamos nos preparando para termos candidato e disputar a majoritária, disso o PMDB não vai abrir mão”, afirma Danilo Rezini, candidato a deputado estadual pelo partido no ano passado.

“O PMDB faz um trabalho de base desde 2012, para colocar um candidato a prefeito para 2016”, diz Guilherme Marchewsky, vereador e presidente municipal da sigla. “É de suma importância lançar um candidato próprio”, avalia Norberto Maestri, o Kito, vereador em exercício.

Rezini, como candidato a deputado estadual em 2014, fez 14,2 mil votos, ao todo. Desses, a maioria foi em Brusque: 10,3 mil. A corrida às urnas foi avaliada positivamente pelo partido e, como teste, o habilitou a disputar o passo municipal – o partido conta com esses 10 mil votos e iria atrás dos demais necessários à vitória.

Marchewsky tem a seu favor a exposição, enquanto presidente do Legislativo por dois anos, período em que comandou a votação de temas polêmicos, como a lei que proibiu a implantação de radares móveis em Brusque, hoje contestada judicialmente.

Os holofotes naturais da presidência da Câmara trouxeram ao vereador mais “presença” nas ruas. Conforme pesquisa de intenção de voto espontânea divulgada em abril deste ano pelo Município Dia a Dia, Marchewsky tinha a preferência de 6,91% dos eleitores, mesmo sem ser candidato na eleição indireta que seria realizada no dia 30 daquele mês.

O nome do vereador é colocado em evidência pela sigla. Mesmo Rezini, que em tese seria “adversário” em uma disputa interna pela indicação à cabeça de chapa, admite que Marchewsky é o nome mais apoiado, no momento.

“Em relação a nomes, há o Guilherme Marchewsky, que é o provável candidato, e tem o meu, que será sempre colocado à disposição”, afirma Rezini, “ainda não tem candidato oficial definido, porém está despontando o nome de Guilherme para o pleito de 2016”, repete.

“Houve uma evidência do nome para ser o nosso candidato, e todo mundo já sabe que é o Guilherme”, pontua Kito. O próprio Marchewsky, porém, é mais prudente. “O PMDB vai fazer uma pesquisa para saber se o nome é aceito, uma prévia, se realmente os eleitores confiam nesta pessoa para assumir um cargo tão importante”, afirma.

O vereador licenciado Joaquim Costa, o Manico, foi procurado para comentar o tema, mas preferiu se manifestar somente depois de se reunir com alguns correligionários.

Coligações são avaliadas

Também é consenso entre os peemedebistas que coligar será necessário para dar força à candidatura própria. A preferência é por partidos que atualmente compõem a base do governo interino de Roberto Prudêncio. Como o PSD não deverá abrir mão de candidatura própria, há possibilidade de uma ruptura com a sigla, já que o PMDB ocupa cargos no governo.

Por ora, contudo, peemedebistas evitam tocar no assunto. “Isso depende, porque ainda existe a possibilidade de o PMDB estar junto com o PSD”, afirma Danilo Rezini. “Estamos aberto a coligações com qualquer partido, e efetivamente o nosso interesse seria o PSD, com quem já estamos juntos nesta administração”.

Questionado se o partido poderia indicar um vice na chapa do PSD, ele diz que isso “não é garantido”, e que seria uma questão a ser discutida. “A nossa intenção é sair na cabeça, mas dentro de uma composição política há outras possibilidades”.

Para Marchewsky, uma aliança é descartada de antemão: com o PT. “Penso que é quase impossível estarmos ao lado do PT, até por causa da questão federal”, cita o vereador, que não poupa críticas à sigla.

“O PT vem em uma decadência, a visão que o Partido dos Trabalhadores tem é um pouco errada, no sentido da democracia, pois tem que ouvir os dois lados. O PT tem uma democracia de lado único, do lado dos trabalhadores, por exemplo. E muitas vezes os trabalhadores também não querem desta forma, eles sabem da necessidade de estar ao lado do empregador”, discursa. “Se for candidato a prefeito, não vou estar ao lado do PT”.

Divisão interna é aparada

Eternamente dividido em lados que apoiam ou rejeitam as escolhas da executiva, o PMDB de Brusque tem ainda prazo para aparar as arestas. Em relação à gestão Paulo Eccel, não havia unanimidade no apoio, e o mesmo acontece na gestão Roberto Prudêncio Neto.

“Essa divisão começou a ser costurada para que possamos ter um partido unido”, diz Marchewsky, “quando o PMDB esteve com Paulo Eccel, fomos questionados sobre sair ou não, mas a decisão foi unilateral e o prefeito apenas trabalhava com o vereador Celio de Souza e não com o PMDB”.

“Hoje o partido está muito tranquilo”, diz o vereador Kito, sobre a divisão interna, que “o partido hoje tem sua direção”. Rezini também avalia no mesmo sentido, de que o PMDB está, aos poucos, unificando as ideias.

O apoio à gestão interina é mantido, porém, segundo o presidente do PMDB municipal, com ressalvas. “Neste momento nós queremos apoiar a cidade, não necessariamente o prefeito. Nós temos até alguns questionamentos em relação aos encaminhamentos, o prefeito sabe que estamos questionando algumas decisões”, afirma Marchewsky, ressaltando que o partido pressiona pela redução de gastos públicos, que deve ser um dos projetos de campanha.

“Esse governo vai ter apoio do PMDB enquanto estiver ali, quando tiver uma nova decisão judicial ou em 2016, o PMDB vai rediscutir isso”, conclui Marchewsky. “Com certeza o PMDB vem com toda força”, resume o vereador Kito.