Marchewsky diz que não irá concorrer nas eleições de 2016
Vereador informou que cumprirá mandato legislativo até dezembro de 2016
O vereador Guilherme Marchewsky (PMDB) deixou ontem a liderança do partido no Legislativo e anunciou uma interrupção – definitiva ou não – na sua carreira política. Ele disse que irá apenas cumprir seu mandato legislativo, até dezembro de 2016, e que não irá concorrer à reeleição, ou à prefeitura, como estava cotado.
“A decisão foi tomada pelo fato de eu estar em um dilema, quanto à questão político-partidária. Não aceito que dentro do nosso partido existam tantas pessoas envolvidas com várias situações que denigrem a imagem partidária”, afirmou Marchewsky, em entrevista ao Município Dia a Dia.
Ele disse que, dentro da política nacional, há “uma série de erros”, e manifestou insatisfação quanto aos encaminhamentos que tem sido dados ao PMDB pela executiva nacional. “O afastamento é para repensar, e fazer até com que o eleitor repense na hora de votar, nas escolhas que ele tem que fazer”.
Marchewsky disse que irá cumprir o mandato pelo partido, integralmente. No entanto, não deverá participar do processo eleitoral do próximo ano. Cotado como um dos nomes preferenciais para concorrer à Prefeitura de Brusque, explicou que a decisão também está embasada em situações particulares.
Ele está em processo de aposentadoria da função de professor da rede pública, que o impede de se afastar das funções pedagógicas até o fim do próximo ano, o que inviabilizaria uma campanha política, por exemplo. “Vou me afastar da política neste momento, cumprir o mandato de vereador no PMDB, que para isso fui eleito”.
O vereador informou que, se o partido não mudar suas posturas, a nível nacional, irá repensar sua filiação, ao término do mandato. “Questiono o PMDB, as lideranças e as pessoas que estão envolvidas [em corrupção]”, afirma Marchewsky, o qual ressalta que continua no partido “se houver uma mudança, um posicionamento diferenciado do PMDB, de tomar decisões, inclusive de expulsar integrantes que não cumprem o estatuto”.
Para 2016 sua decisão, por ora, é manter-se afastado do processo político. Posteriormente, afirma, irá repensar sua participação no processo eleitoral e em funções públicas.
BRIGA NA FENARRECO
Câmara rejeita moção de repúdio
A maioria dos vereadores rejeitou uma moção de repúdio protocolada pela oposição contra o prefeito interino, Roberto Prudêncio Neto, em relação ao episódio envolvendo o pedido de exoneração do ex-chefe de gabinete, Evandro Flora, que se envolveu em uma briga na 30ª Festa Nacional do Marreco, a Fenarreco.
A vereadora Marli Leandro, líder do PT, criticou o comportamento e as ações do chefe do poder Executivo municipal em relação ao caso. “Se a gente não toma atitude diante de acontecimentos envolvendo os subordinados, o que se pode esperar de um gestor destes”, disse a vereadora.
“A moção é no sentido de que não se pode simplesmente deixar passar em branco. O próprio cidadão foi pedir a sua exoneração. A atitude correta, na minha avaliação, é que de imediato deveria ter sido afastado, porque não foi pouca coisa o que aconteceu. Não teve nenhuma manifestação, nenhum esclarecimento do Executivo, que simplesmente calou-se”.
Ivan Martins, líder do PSD, disse que a vereadora “tem amnésia”, ao cobrar essa atitude do prefeito interino. “A vereadora esqueceu que o Observatório Social e a Acibr pediram oficialmente o afastamento do Cedenir Simon, e o prefeito não o afastou”, disse Martins. “E o problema se resolveu no mesmo dia, se não tivesse pedido demissão teria sido demitido”.
AÇÃO CONTRA PRUDÊNCIO
Requerimento é rejeitado pela maioria
Por maioria de votos, vereadores rejeitaram requerimento da bancada de oposição que solicitava à Câmara pedir, ao Ministério Público, cópia do processo que envolve o prefeito interino, Roberto Prudêncio Neto, o qual envolve acusação de crimes tributários, pela falta de recolhimento de ICMS pela empresa que está em seu nome.
O vereador Alessandro Simas (PR), líder do governo, disse que a iniciativa foi maldosa. “Querem colocar no prefeito uma imagem de corrupto e sonegador que não existe, quem assinou o requerimento assinou de forma maldosa”, afirmou. Simas disse também que a falta de recolhimento de imposto são “distrações que ocorrem com qualquer empresa, que às vezes estão bem, às vezes não”.
Valmir Ludvig, líder da oposição, contestou. “Não tem maldade, só queremos que o Ministério Público nos entregue o processo para olhar”. “Dizer que R$ 100 mil [valor cobrado pelo MP] foi distração, conta essa história para Papai Noel”.
Prestação de contas do Azambuja
O administrador do Hospital Azambuja, Fabiano Amorim, esteve ontem na Câmara de Vereadores para falar sobre a situação da instituição neste ano. Ele apresentou os indicadores do primeiro semestre deste ano, falou dos novos protocolos de atendimento e das novidades que estão sendo implantadas no hospital em 2015. Em dezembro fará dois anos desde que foi finalizado o período em que a instituição ficou sob intervenção da Prefeitura de Brusque, depois de ter ameaçado fechar o pronto atendimento, por causa da falta de recursos.