Novo período eleitoral se aproxima. Aos poucos, os candidatos se apresentam ou nos são apresentados. A oportunidade de mudança se faz presente e o futuro está em nossas mãos. Independentemente de cor, raça, credo ou paixão, é indispensável que se faça uma análise crítica de cada candidato que se propõe a dirigir nossa cidade: os candidatos a vereador, a vice-prefeito e a prefeito. Mas não basta que se analise o candidato como o vemos hoje. Também é preciso olhar para o seu passado e para o passado da sua família, pois, como diz o ditado: “pé de laranja produz laranja e pé de uva produz uva”. Para ilustrar minha escrita, utilizo o exemplo de uma família muito conhecida em Santa Catarina: a Família Konder.
A história tem início com a chegada do engenheiro alemão Marcos Konder que, em 1872,veio diretamente da Alemanha para Itajaí para empregar-se como professor particular dos filhos de Nicolau Malburg. Um ano depois, o jovem professor passou a trabalhar na Cia. Malburg como empregado.
Para os que não conhecem, os Malburg foram grandes comerciantes em Itajaí, com o casarão e armazéns da instalados próximo ao Rio Itajaí-Açu, em lugar estratégico para facilitar a importação e exportação de mercadorias.
O Casarão da família Malburg ainda existe, está tombado pelo patrimônio histórico de Itajaí, e hoje pertence à Receita federal.
Alguns anos depois, Marcos Konder abriu seu próprio negócio, mas antes disso se casou com a filha caçula de outro oligarca da região, o Tenente Coronel José Henrique Flores. Chefe político do Partido Conservativo, casado com Maria Clara de Silveira, José Henrique Flores foi o primeiro Presidente da Câmara de Itajaí. As propriedades da família se estendiam até Blumenau-Belchior. A família Flores teve um papel importante na fundação dos municípios de Blumenau e Itajaí, sendo que mais tarde seus descendentes ocupariam, também, cargos com expressiva atuação na vida política. Um desses descendentes foi José Henrique Flores Filho, considerado o primeiro prefeito de Blumenau. Governou até 1887.
Faleceu, prematuramente, em 1891, em um acidente com sua Aranha (espécie de charrete conduzida por um cavalo com capacidade para transportar dois adultos), sem deixar descendentes. Mas se Flores Filho não teve sua história ampliada por não deixar descendentes, sua irmã mais nova, Adelaide, foi a matriarca de grandes nomes da política catarinense e do Brasil.
Adelaide Flores se casou em 1877 com Marcos Konder. A vida feliz do jovem casal, no entanto, foi bruscamente interrompida em 1898 com a morte do esposo.
Antes de morrer, Marcos idealizou uma das mais belas e grandiosas construções itajaienses, a Casa Konder, que fica na Rua Lauro Muller, defronte ao prédio onde mantinha sua firma de importação e exportação.
A casa foi construída em estilo das casas senhoriais do Vale do rio Reno, na Alemanha, onde Marcos nasceu. Durante muitos anos, a residência abrigou os poderosos da oligarquia itajaiense.
É um espaço cercado de história e tradição e demonstra a projeção da família Konder em Itajaí e em toda Santa Catarina.
O casal teve 9 filhos, um faleceu ainda criança e os demais são: Adelaide Konder Carvalho (casada com o médico Affonso Homen de Carvalho); Arno Konder; Adolfo Konder;Elisabet Konder Reis (casada com Oswaldo Reis); Evelina Konder Fleischmann (casada com o comerciante e Cônsul alemão Alois Fleischmann); Marcos Konder;Marieta Konder Bornhausen (esposa de Irineu Bornhausen) e Victor Konder.Marcos Konder ocupou alta posição do Congresso do Estado.
Adolfo Konder foi Presidente do Estado e Victor Konder foi Secretário de Finanças na era de Hercílio Luz e Ministro da Aviação na época de Washington Luis.
A história da família Konder fala por si só. Mas qual é a história do seu candidato?
Se você não sabe, pesquise, pergunte, e só depois decida em quem vai votar. A responsabilidade pelo futuro é sua, é minha, é nossa, e o poder está em nossas mãos!