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Marcos Paulo, ator e diretor, morre aos 61 anos

Ele foi vítima de embolia pulmonar em sua casa no Rio de Janeiro

Morreu na noite deste domingo, 11 de novembro, o ator e diretor Marcos Paulo. Ele tinha 61 anos e morreu de embolia pulmonar, em sua casa no Rio de Janeiro.

O diretor havia sido diagnosticado com câncer em maio de 2011. Segundo comunicado da Central Globo de Comunicação divulgado na época, o diretor havia descoberto o tumor precocemente em exames de rotina e tinha dado início ao tratamento em seguida.
 
Marcos Paulo Simões era filho adotivo do ator, diretor, produtor e autor de TV Vicente Sesso.

Paulista estreou em novela de 1967

Nascido em São Paulo no dia 1º de março de 1951, Marcos Paulo se tornou um dos mais conceituados profissionais das artes cênicas no Brasil. Estreou na televisão como ator em 1967, na novela “O Morro dos Ventos Uivantes”, ainda na extinta TV Excelsior.

Passou pela TV Record, no ano seguinte, na trama “Ana”, e, em 1969, pela Bandeirantes, como Marcos em “Era Preciso Voltar”. Antes de debutar na Globo em “A Próxima Atração”, ainda passou pela emissora que o revelou em “Sangue do meu Sangue”.
 
Em mais de 40 anos na televisão, Marcos participou de 37 novelas, entre elas, “Roque Santeiro”, de 1985, no papel de Jorge de Lima, “Quatro por Quatro”, de 1994, como Gustavo, e “Páginas da Vida”, de 2006, interpretando Diogo Côrrea. Seu último trabalho como ator se deu em 2008, fazendo participação especial como o doutor Tadeu, em ‘Desejo Proibido’.

A estreia como diretor ocorreu em 1978, no comando de “Dancin’Days”, de Gilberto Braga, grande sucesso estrelado por Sônia Braga e Antônio Fagundes. O trabalho nos 173 capítulos gravados foi dividido com Daniel Filho, Gonzaga Blota, Denis Carvalho e José Carlos Pieri.

Ainda ocupou o posto em outras 15 atrações da TV Globo, sendo 11 novelas – como “Roque Santeiro” e “Fera Ferida” -, dois seriados – “Estação Globo”, de 2007 a 2009, e “Malhação”, em 2009 – e uma minissérie – “Parabéns pra Você”, em 1983.

Atuou também em filmes brasileiros de sucesso, como “Eu Transo, Ela Transa” (1972) e “Se eu Fosse Você 2” (2008), sendo que sua última aparição nas telonas foi em ‘Faroeste Caboclo’, de René Sampaio, no qual fez o personagem Ney.

A estreia como diretor nos cinemas só se deu em 2010, com o longa “Assalto ao Banco Central”, estrelado por Lima Duarte, Eriberto Leão e Giulia Gam. O trabalho foi lançado em julho de 2011, apenas um mês depois da descoberta do câncer no esôfago que o tornou um frequentador assíduo do Hospital São José da Beneficência Portuguesa, em São Paulo.  

Fonte: Folhapress