Natação: Matheus Rheine volta a trabalhar com o técnico Marcelo Sugimori
Brusquense ainda visa Paralimpíadas de Tóquio; novo treinador tem vasta experiência paralímpica, e atua em conjunto com Matheus Diegoli
O nadador Matheus Rheine tem, desde os primeiros dias de 2020, um reforço no quadro técnico, de olho nas Paralimpíadas de Tóquio, em 2021. O treinador Marcelo Sugimori, que já trabalhou com o brusquense em 2016, retorna e, ao lado de Matheus Diegoli, aplica os treinamentos na Academia Viva.
De acordo com Rheine, Sugimori faz a montagem dos treinos, e a execução é conjunta com Diegoli, que havia assumido 100% da função em 2020. “O Hiro [Sugimori] também trabalha em conjunto com a Bioenergética. Então são trabalhos também para alinhar questões mentais e do corpo, que podem servir para tratamento de dores”, explica.
Natural de Campinas (SP), Marcelo Sugimori foi técnico de sua irmã, Fabiana Sugimori. Ela foi medalhista de ouro em Sydney 2000 e Atenas 2004 (com recorte mundial) na prova de 50 metros livre, e vencedora de mais 10 ouros nos Jogos Parapan-Americanos da Cidade do México, em 1999, e de Mar del Plata, na Argentina, em 2003.
“Eles [Sugimori e Diegoli] contribuem muito. é interessante porque cada um tem uma palavra, uma correção diferenciada”, completa o brusquense. Marcelo Sugimori pretende ficar em Brusque até as Paralimpíadas, cuja realização, assim como a das Olimpíadas, segue em xeque por conta da pandemia.
Em 14 de janeiro, o Departamento Técnico do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) comunicou a suspensão do calendário de competições regionais e nacionais para o primeiro semestre de 2021 aos clubes, associações e entidades esportivas de atletismo, halterofilismo, natação e tiro esportivo. O motivo foi o aumento no número de casos de Covid-19, e o foco será o processo de qualificação e preparação para as Paralimpíadas de Tóquio, programadas para o período de 24 de agosto a 5 de setembro.
“Até então, teríamos um Open em 25 a 28 de março, que seria a primeira seletiva para Tóquio. E outros dois nacionais, que eles estavam planejando realizar entre abril e maio. Por isso, não temos certeza de nada que vai acontecer. Estou treinando para qualquer coisa que possa surgir. Eles estão em contato com os técnicos para quem sabe fazer um evento menor, com uma semana de treinos lá e uma minicompetição”, explica Rheine.
O nadador espera que haja pelo menos alguma competição menor para tomadas de tempo e parâmetros de seleção mais recentes para as Paralimpíadas: “Possibilitaria pelo menos nadar, para termos nossos tempos, algum parâmetro de seleção para Tóquio. Acredito que até mês que vem devemos ter alguma resposta mais completa. Mas tenho feito os melhores treinos da vida, rendendo muito. Pronto para chegar com tudo mesmo quando surgir algum evento.”
Matheus Rheine também reserva agradecimentos a Nadia Venturi, nutricionista que o acompanhou de 2010 a 2018 e voltou a trabalhar com o nadador em novembro de 2020. “Chamo ela de madrinha querida, ela me recebeu muito bem desde o primeiro momento, quando eu estava totalmente fora de forma, todo detonado, e ela conseguiu lapidar tudo. Até recebi elogios no retorno [pós-férias de fim de ano] porque eu praticamente não parei de trabalhar, só no dia 25 e no dia 31”, explica.
O brusquense também agradece à Academia Viva, onde tem treinado desde junho de 2020. “Recentemente resolvi experimentar um trabalho de musculação mesmo na academia Viva, que forneceu toda a estrutura para treinar. Liberaram a piscina para que eu pudesse fazer os treinos e isso permitiu para eu estar aqui hoje, continuando os trabalhos.”