Maurício Thomas projeta sequência da Abel Moda Vôlei com Jasc e Superliga B
Equipe decide vaga na final do Catarinense neste sábado
Equipe decide vaga na final do Catarinense neste sábado
Com a Abel Moda Vôlei perto de sua terceira final consecutiva do Campeonato Catarinense, o técnico Maurício Thomas revela as perspectivas para as duas próximas competições da equipe: os Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc), representando o município de Brusque, e a Superliga B. O desafio mais urgente em termos de estrutura é encontrar patrocínio que custeie uniformes e as viagens do calendário nacional em 2024.
Antes, o time passa pelos últimos momentos do estadual: a Abel Moda Vôlei enfrenta a Chapecoense/Unoesc às 20h deste sábado, 23, na Arena Brusque, pelas semifinais. Se a equipe brusquense vencer, estará na final do campeonato. Se perder, disputará o golden set, que decidirá a vaga. Os ingressos estão à venda no site OneTicket. A primeira partida foi vencida por 3 a 1, em Chapecó.
Com o treinador trabalhando na preparação da Seleção Brasileira masculina pré-olímpica, os treinos diários têm sido comandados pelo assistente-técnico Everton Nascimento. Contudo, Maurício Thomas tem conseguido estar presente à beira da quadra no dia dos jogos.
A Superliga B tem início previsto em 2024, aguardando a definição dos grupos regionalizados da Superliga C, disputada nos últimos meses do ano. Estão previstos 10 times na disputa. Os dois primeiros colocados terão o direito de acesso à Superliga A.
“O elenco será praticamente este atual. O Campinas será o grande favorito, junto com o Sesi. Vamos tentar conseguir a segunda vaga, corremos por fora”, explica Thomas.
Existem pedidos para que a primeira fase seja realizada em turno e returno com 12 clubes, mas a proposta esbarra na questão financeira da maioria dos clubes. O técnico da Abel Moda Vôlei cogita que isto só seria viável caso o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) ampliasse o patrocínio da competição para além das passagens previstas atualmente.
“Nossa realidade financeira é para a Superliga B. Tentamos disputar a A no ano passado, batalhamos muito, mas não ganhamos nenhum jogo. Nossos patrocinadores e empresários ajudam muito, no máximo que eles podem. Mas o máximo que eles podem ainda é muito distante da Superliga A. Então precisamos de um patrocinador como uma multinacional, por exemplo, que permita levantar um bom dinheiro para chegarmos a este nível acima.”
Há também um projeto da Lei de Incentivo ao Esporte, no valor de R$ 1,3 milhão. Contudo, só é possível utilizar os recursos a partir de 30% captados (R$ 390 mil).
Maurício Thomas aprova a participação na Superliga A, apesar da campanha sem vitórias. “Fomos na cara e na coragem, nos desdobramos, vendemos rifa, camisa, ingresso para pagar a conta. Não ficamos devendo ninguém e não demos um passo maior que a perna. Se não pudéssemos, não iríamos fazer. Naquela situação, dava.”
“Entramos com a intenção de mostrar aos patrocinadores o que é uma Superliga A. Todos os jogos televisionados no SporTV ou pelo Canal Vôlei Brasil, uma grande visibilidade na semana do jogo. Tem o aplicativo de fantasy como o Cravada, que permite a interação de fãs do vôlei do Brasil inteiro. Os canais Globosat levam os jogos para fora do país. O Brasil inteiro conhece Brusque através do voleibol. Na competição, o pessoal vem, consome no comércio daqui, se hospeda aqui”, completa.
A situação da Abel Moda para os Jasc é bem diferente dos anos anteriores, porque poucas atletas se enquadram nos critérios do regulamento para disputar a competição. “A ideia é fazer uma parceria com Nova Trento ou Balneário Camboriú para completar o elenco pela regra.”
Maurício Thomas também quer retomar as categorias de base da Abel, que foram interrompidas com a pandemia de Covid-19. Em 2021, o foco passou a ser no time adulto, com a criação da então chamada Abel Moda Brusque. Atualmente, está ativa a escolinha, com professores registrados.
“A escolinha com cada vez mais crianças por causa do time adulto. Queremos muito montar categorias de base. Temos um problema com ginásio, há uma grande demanda por ginásios na cidade”, explica. A equipe adulta tem treinado no ginásio da ADR RenauxView.
Além disso, a questão financeira é obstáculo principal: o treinador relata que não é possível arcar com material esportivo de jogo e treino, além das taxas de inscrição de competições, e despesas de logística e alimentação. “É um custo semelhante ao de um campeonato adulto.”
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