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Médicos se opõem a projeto que garante que mulheres sejam acompanhadas durante procedimentos com sedação em Brusque

Profissionais do Hospital Azambuja participaram da sessão da Câmara de Brusque nesta terça-feira, 7

Representantes do Hospital Azambuja, Eugênio José Paiva Maciel, chefe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e a anestesista Renata Gullini Falchetti, participaram da sessão da Câmara de Vereadores desta terça-feira, 7, para falar sobre projeto de lei de Marlina Oliveira (PT) para garantir que mulheres sejam acompanhadas durante procedimentos com sedação em Brusque.

A presença deles aconteceu por requerimento de Marcos Deichmann (Patriota), que havia solicitado pedido de vistas do projeto há duas semanas.

O projeto de lei assegura o direito às mulheres de ter acompanhante, sendo uma pessoa de sua livre escolha, nas consultas, procedimentos e exames, inclusive os ginecológicos, que exijam sedação.

Eugênio e Renata agradeceram o convite e lamentaram o caso do Rio de Janeiro em que mulher foi abusada por um anestesista durante seu parto em março deste ano, mas afirmaram que esta é uma exceção dentro da profissão.

Para Renata, ter um acompanhante no centro cirúrgico não é a melhor opção para evitar abusos, mas sim bons controles de conduta.

“Se aumenta o risco de infecção com a presença de acompanhantes. Tem a questão da segurança do paciente e do acompanhante, que podem ser comprometidas, profissionais podem distrair-se e ainda tem a limitação do espaço físico”, destacou. “O acompanhante não está preparado para passar por esses momentos, principalmente emocionalmente, que pode afetar todos. É um ambiente adverso para a maioria das pessoas”, completou.

Eugênio destacou que, durante procedimentos que envolvem sedações, no Hospital Azambuja, os pacientes não ficam sozinhos em nenhum momento e ressaltou que a unidade tem códigos de conduta e uma comissão de ética para apurar possíveis casos de abuso.

“Somos bons profissionais e a gente abomina os profissionais ruins. Temos uma comissão de ética que controla o que estamos fazendo e realizamos nosso trabalho da melhor forma possível”.

Autora do projeto, Marlina destacou que o projeto especifica que casos de urgência e emergência, nos quais os profissionais de saúde precisarão agir na proteção e defesa da saúde e da vida da paciente, são exceções ao projeto. Os representantes do Azambuja, ainda assim, acreditam que esta não é a melhor opção e convidaram a vereadora para acompanhar a rotina desses procedimentos.

Leis semelhantes já foram aprovadas pela Câmara Legislativa do Distrito Federal e pela Assembleia Legislativa de São Paulo e estão em discussão no Congresso Nacional.


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