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“Medidas para minimizar impactos de cheias passam dos limites entre municípios”, diz presidente da Amve

Jorge Krüger, presidente da Amve e prefeito de Timbó, participou de fórum de proteção e defesa civil em Brusque

O presidente da Associação de Municípios do Vale Europeu (Amve) e prefeito de Timbó, Jorge Krüger (PP), defendeu ações conjuntas entre municípios da região para mitigar os impactos das cheias no Vale. O presidente da Amve esteve em Brusque nesta quinta-feira, 6, para participar do 2° Fórum Regional de Proteção e Defesa Civil do Vale Europeu.

Jorge destaca a importância de discutir ações de respostas às cheias e enchentes, sobretudo agora em que a pauta climática está em alta. Em meio à tragédia no Rio Grande do Sul, gestores públicos foram cobrados em razão da suposta falta de ações para combate aos desastres causados pela enchente no estado.

“É sempre importante reavivar este tema de extrema importância, principalmente em meio ao cenário climático, cada vez mais intenso e frequente. Espero que, por meio do fórum, procuremos de forma harmônica construir um planejamento entre nossos municípios da Amve”, relata.

O presidente da entidade afirma que os municípios que compõem a Amve têm suas particularidades quando se trata de recursos destinados à proteção e defesa civil. Jorge detalha que Blumenau possui maior estrutura, diferente do pequeno município de Doutor Pedrinho.

Prefeito de Timbó, Jorge Krüger é presidente da Amve. Foto: Thiago Facchini/O Município

Em maio, Brusque enfrentou uma cheia do rio Itajaí-Mirim, situação que causou danos pelo município, sobretudo na Beira Rio. Trata-se de um mês em que ocorrências relacionadas ao rio são atípicas. O nível do Itajaí-Mirim chegou, por um curto período, à marca de 7,58 metros, considerada enchente.

“Essa bandeira (enfrentamento das mudanças climáticas) estará cada vez mais na pauta dos municípios”, projeta Jorge, que acredita ainda que o assunto será frequente nas eleições municipais de outubro. “Medidas para minimizar impactos de cheias passam dos limites entre municípios”, avalia.

Barragem de Botuverá

O fórum sediado em Brusque também visa estabelecer cobranças pelas obras necessárias. O presidente da Amve menciona a barragem de Botuverá, uma demanda antiga da região de Brusque que ainda não saiu do papel. As cobranças, na ocasião, seriam para os governos estadual e federal, que dispõem de recursos para execução destas obras.

“Temos conhecimento da cobrança da comunidade pela barragem de Botuverá, que tem um impacto grande para minimizar os efeitos das chuvas. É uma das cobranças que é objeto de apreciação no fórum, bem como os investimentos no Alto Vale, como a barragem de Mirim Doce”.

A viabilização mais rápida dos recursos pelas coordenadorias municipais de Proteção e Defesa Civil é outra demanda defendida pela Amve. O presidente da associação afirma que o acesso aos recursos para realização de ações emergenciais é burocrático.

“Tivemos cidades afetadas pelas chuvas, como Benedito Novo e Rodeio, que são da nossa região, e demoraram seis meses para ter recursos [para reconstrução]”, comenta. Jorge diz que há municípios que sequer possuem verbas para resposta aos desastres, e defende maior descentralização de recursos.

Terceira maior enchente

Brusque enfrentou, em novembro de 2023, a terceira maior enchente já registrada oficialmente no município. O rio Itajaí-Mirim chegou ao nível de 8,96 metros. A marca perde apenas para as enchentes de 1984 e 2011, em que o rio chegou a 10,30 e 10,03 metros, respectivamente.

Os dados são da Defesa Civil de Brusque, divulgados em resposta a um pedido de informação da vereadora Marlina Oliveira (PT) no começo de novembro. Em outubro, Brusque já havia passado por período de cheias, que se estendeu ao mês seguinte, com maior gravidade no dia 17 de novembro.


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Além do bergamasco: dialeto da região do Tirol, na Itália, ainda é falado em Botuverá: