Melhoria dos semáforos e locação digital de imóveis: conheça projetos inovadores desenvolvidos em Brusque

Propostas foram selecionadas para programa da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina

Melhoria dos semáforos e locação digital de imóveis: conheça projetos inovadores desenvolvidos em Brusque

Propostas foram selecionadas para programa da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina

No total, 11 projetos de Brusque foram selecionados para o Programa Nascer, da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), que ajuda pessoas a transformarem ideias em negócios inovadores para as cidades.

Serão oferecidos cinco meses gratuitos de mentorias, palestras, workshops e networking a 150 projetos espalhados em 15 cidades catarinenses. Os trabalhos iniciam efetivamente no dia 7 de março. O desenvolvimento destes projetos é importante para que o Centro de Inovação de Brusque, que deve ser inaugurado este ano.

De acordo com o presidente do comitê de implantação do Centro de Inovação, professor Günther Lother Pertschy, foi criada uma metodologia para transformar ideias inovadoras em negócios, serviços e em organizações.

Apesar da pandemia do coronavírus, o Programa Nascer continua com suas atividades. O professor Pertschy conta que vários eventos foram realizados e outros estão programados para os próximos dias, todos acontecendo através de soluções digitais.

Conheça alguns dos projetos de Brusque aprovados no programa.

Automatização de semáforos e otimização do trânsito

Kleber Bonomini Kamers, 19 anos, está na terceira fase do curso de Sistemas de Informações na Unifebe. Kamers explica que a ideia do projeto surgiu quando ele próprio se deparou com a problemática do trânsito na cidade.

“Estava saindo do meu trabalho, por volta das 18h15, andando pela avenida Otto Renaux, próximo ao cruzamento com a João Bauer. Não dava de ver o final do engarrafamento. O maior problema se dava no cruzamento mesmo, pois em ambas as ruas havia semáforos próximos, então um sinal abria, os carros avançavam, porém o sinal da frente estava fechado, então os carros não conseguiam atravessar completamente o cruzamento, fechando 100% da pista”.

Ele lembra que Brusque é uma das cidade com mais veículos por habitantes do Brasil e que isso faz com que o trânsito seja muito intenso.

O projeto de Kamers consiste em desenvolver um sistema integrado, com todos os semáforos interligados entre si, para que um não impeça o outro. A ideia, então, é que eles gerem informação para direcionar o fluxo em um sistema integrado.

Além disso, a ideia é de que etiquetas com identificação por radiofrequência (RFID) estejam nos veículos e que possam ser lidas por sensores espalhados em pontos estratégicos da cidade, para medir em tempo real onde a maior quantidade de veículos está.

Dessa forma o sistema integrado com todos os controladores de trânsito consegue direcionar melhor o fluxo e desafogar o tráfego. O trânsito é variável, por que os semáforos também não são? Um minuto aberto de um lado, um minuto aberto do outro. Há vezes que há mais prioridade em determinado sentido”, explica.

Kamers ressalta que o Programa Nascer dá a oportunidade para que este e outros projetos se desenvolvam. “Ele traz uma infraestrutura para estudarmos e pesquisarmos, mas o mais importante, agrupa e une mentes brilhantes com um único objetivo: o bem comum. Dessa forma todos se ajudam e impulsionam uns aos outros no caminho do sucesso”.

Marketplace B2B de moda

O projeto de Leandro Jacomini, 43, pós-graduado em Gestão de Projetos, tem como objetivo fornecer uma plataforma de comércio eletrônico para os lojistas do ramo de moda realizarem a comercialização de seu produtos de forma segura.

“Nossa cidade possui muita força no ramo de moda: seja dos lojistas, das associações empresariais e das universidades, engloba toda a cadeia produtiva”, diz.

A ideia do projeto de Jacomini surgiu da observação principalmente do mercado em Brusque. “A cidade possui um seu DNA o ramo de confecção e de pronta-entrega, mas ampliando esta visão temos as cidades de São João Batista no ramo calçadista e Ilhota com força em moda íntima a praia, todo este ambiente forma um mercado em potencial do segmento fashion”.

Para colocar o projeto em prática, Jacomini afirma que gostaria de contar com a colaboração e ideias dos envolvidos no ecossistema de moda, para que o projeto contribua com a melhoria dos negócios da região.

Ele conheceu o Programa Nascer através do edital da Fapesc e de conversar com o professor Pertschy. O programa,na visão dele, é parte fundamental por disponibilizar as ferramentas para estruturação dos projetos e também proporcionar mentorias para aprimorar a visão de mercado.

Sistema de locação imobiliária com análise customizada de perfil de locadores

Estudante de Odontologia da Uniavan, Doglas José Jorge, 24, desenvolveu um projeto sobre mercado imobiliário. Apesar da ideia não ter uma conexão com seu curso, Jorge explica que não se imagina vivendo com apenas um deles.

“Meu curso não tem nada a ver com o projeto, mas não me vejo mais sem ele ou sem a odontologia. O mercado imobiliário entrou na minha vida como um passatempo e virou uma paixão”, diz.

Ele conheceu o Programa Nascer através da Incubadora Citi, que fica no Nova Brasília, e do coordenador do local.

O projeto surgiu a partir da experiência direta de Jorge no mercado imobiliário. O propósito da empresa é transformar a maneira em que o mercado local aluga imóveis residenciais e comerciais. “Queremos transformar algo burocrático e demorado em algo simples e prazeroso”, diz.

A proposta é de aluguel digital, sem fiador ou depósito caução, com auxílio da realidade virtual e assinatura eletrônica dos contratos. O Programa Nascer vai funcionar como apoio para escalar a ideia para outras cidades e identificar pontos fortes e fracos no projeto.

Dispenser porta papel higiênico umedecido

Vinícius Eccel, 24, e o pai Marcelo Eccel, 56, criaram a ideia do dispenser porta papel higiênico umedecido. A ideia veio após Marcelo perceber a necessidade dos filhos pequenos de utilizar algo que não fosse papel higiênico, por conta de assaduras.

“Começamos a usar lenço, mas não era prático. Então precisava criar algo que unisse papel e lenço umedecido. Inicialmente usei um pote de achocolatado, furei, encaixei no suporte e este foi o primeiro passo. Hoje, ainda tenho os protótipos”, conta.

Por conta do valor alto, o nicho de mercado do dispenser é para ser um complemento ao papel higiênico, uma alternativa ao lenço umedecido, com o público-alvo principalmente feminino.

O dispenser facilita a utilização do lenço, com uma embalagem versátil. Esta é a segunda geração do produto, que já foi lançado em 2011, com uma qualidade maior e uma degradabilidade melhor.

Em 2011, a ideia de Marcelo foi uma das 100 ideias selecionadas entre 1.175 de todo o estado no portal Sinapse da Inovação – programa criado em 2008 e realizado em parceria com o governo do estado, a Fapesc e o Sebrae. A ideia é que, agora, o Programa Nascer seja um impulso para o projeto.

“O Nascer está dando estrutura para que o produto possa ser levado à empresas que possam colocá-lo no mercado de uma forma mais comercial, direcionada e ampla. E também pode preparar toda uma gestão de negócios e uma estrutura que dê credibilidade econômica-financeira e viabilidade”.

Outros projetos aprovados

Agendot, de Sidney José Fuck

Analista Web, de Wagner Dantas de Souza

Barbearia para todos, de José Augusto Tavares

Futura Ludum, de Rafael Henrique Pinotti

Higiênico sexual, de Rafael da Luz Tamiozzo

LocalRun: aproximando o lojista do atleta, de Rodrigo Ferreira Barros

My Moby, de David Marchiori

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