“Mentiras vieram à tona”, diz ex-diretor-presidente do Samae de Brusque após arquivamento de denúncias
Denunciante disse ao MP-SC que fez denúncias como reação à demissão por justa causa por dormir no trabalho
Após o Ministério Público arquivar as denúncias contra o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) de Brusque, apresentadas por servidores e pela vereador Marlina Oliveira (PT), o ex-diretor-presidente da autarquia Luciano Camargo se manifestou sobre o assunto.
Em meio às denúncias em março, Luciano Camargo pediu exoneração da Presidência do Samae de Brusque. Ele reforça que a decisão ocorreu com objetivo de concorrer a deputado estadual nas eleições de outubro. Ele é filiado ao União Brasil e a candidatura de Camargo deve ser oficializada nas convenções do partido.
O então diretor-presidente alvo das acusações classificou as denúncias como mentiras. Além de Marlina, as denúncias foram apresentadas também pelo ex-servidor Paulo Cezar Moreira Nogueira, que, depois, disse ao MP-SC que fez as denúncias como reação à demissão por justa causa por dormir no horário de trabalho.
Na ocasião, Paulo Cezar alegava favorecimento em processo seletivo. O servidor Altair Pacheco denunciou supostas irregularidades em gratificações e Marlina apresentou denúncia de que bens públicos do Samae teriam sido utilizados de forma particular pelo servidor Juliano Pereira. Os três inquéritos abertos pelo MP-SC foram arquivados.
“Todas as mentiras que foram faladas vieram à tona. Era realmente um servidor que foi pego dormindo no trabalho e ficou com raiva por ser demitido. Eu também não achava justo manter um funcionário trabalhando enquanto ficava dormindo e não atendendo à população”, afirma Camargo.
Ele afirma ainda que o “ataque”, conforme classificou, tinha como objetivo “desgastar a imagem do governo” do prefeito Ari Vequi. Entretanto, comenta que as acusações atingiram a ele, a família e amigos próximos.
“O ataque era mais para desgastar o próprio governo, mas, claro, atingiu a minha imagem, a minha família e meus amigos próximos que ficaram sem entender. Então, agora, com o arquivamento, a verdade não veio tão forte como veio com a mentira”, diz.
Denúncia de Marlina
Sobre o arquivamento da denúncia apresentada por Marlina e falas da vereadora na tribuna, Camargo afirma que não irá entrar com uma ação na Justiça por difamação e avalia que Marlina “foi infeliz” em alguns pronunciamentos.
“Não vou abrir processo judicial nenhum. Ela foi infeliz em algumas falas. Faz parte, é a liberdade de expressão dela na tribuna. É claro que ela poderia ter evitado conclusões precipitadas, pois praticamente me acusou em diversas situações. Mas, enfim, ela está fazendo o papel dela e tenho respeito por ela”.
Além disso, o ex-diretor-presidente afirma que, por parte dele, as denúncias, agora arquivadas, já estão esquecidas. Ele reforçou que não pretende acionar o Poder Judiciário após a decisão do Ministério Público em optar pelo arquivamento das acusações.
“Que a tribuna dos vereadores não sirva mais para palanque de disseminação de mentiras. Que ela seja utilizada realmente para cobrar o que deve ser cobrado, fiscalizar e ir a fundo ao que é falado, não apenas replicar. Atrás dos nomes que eles (vereadores) citam, há famílias e amigos”, finaliza Camargo.
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