Mercado de moda infanto-juvenil cresce em meio à crise em Brusque

Lojas registraram aumento nas vendas na comparação com o ano passado

Mercado de moda infanto-juvenil cresce em meio à crise em Brusque

Lojas registraram aumento nas vendas na comparação com o ano passado

Enquanto a economia em geral atravessa um período de turbulência, o mercado de moda infanto-juvenil de Brusque vai muito bem. As lojas consultadas pela reportagem relataram que as vendas neste ano estão acima do esperado. O setor vai na contramão do Brasil e não só supera a expectativa como registra volumes maiores do que o ano passado.

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Um exemplo deste bom momento é a Coisas de Mamãe. “As vendas estão melhores, mas também não temos só vestuário”, diz a proprietária Silvana Fischer. O movimento está melhor que em 2015, as pessoas estão mais dispostas a comprar, mas o perfil do cliente em geral mudou.

Silvana diz que muitos consumidores de longa data, que iam regularmente à loja, já não dão as caras há tempo. Para ela, sinal de que situação não é confortável. Em contrapartida há muitos clientes novos. “Muitos clientes não voltam, mas loja de roupas de bebês sempre tem um cliente novo, sempre tem bebês nascendo”, afirma.

O bom momento vivido pela Coisas de Mamãe não é por acaso. Ao invés de cortar custos com publicidade, a loja fez o contrário e expandiu a sua presença na mídia, comenta Silvana. Além disso, todo mês a loja traz alguma novidade, para atrair os clientes. O resultado foi praticamente imediato e o volume de vendas subiu.

Silvana também avalia que a diversidade de produtos, desde roupas de grife até berços e móveis, faz com que o público um pouco diferente, e, por consequência, reduz o impacto da crise.

Assim como a Coisas de Mamãe, a Bambino – que vende peças para crianças a partir dos oito anos – também comemora o saldo positivo. A proprietária do estabelecimento, Salete Merisio, diz que as vendas de 2016 até agora estão melhores do que o mesmo período de 2015. Um dos motivos apontados por ela é o frio intenso, que fez os brusquenses correrem para as lojas.

Salete, no entanto, lamenta que não possa ter aproveitado melhor o inverno repentino. Ela não esperava tanto frio e não comprou tantas roupas. Agora, as fábricas já trabalham em peças de verão e é difícil de encontrar casacos disponíveis. Ainda assim, o resultado foi bom e é comemorado pela empresária.

Empreendedorismo

Simone Peixoto adquiriu em novembro de 2015 a antiga loja Lambe Dedo e decidiu apostar. Ela afirma que é preciso trabalhar e ter atitude positiva. “Tem que trabalhar, não pensar em crise”, diz. “Estamos atravessando um período de crise. Quando eu fui comprar a loja, todo mundo falava que eu era louca”, relembra.

A empresária adquiriu a loja e mudou tudo, o nome passou para Caramello e o endereço foi mudado. Quase oito meses depois, a ousadia de Simone começa a dar frutos. Segundo ela, o movimento está bom e a famosa crise já não assusta mais. Simone diz que o bom desempenho deve-se, por um lado, ao fato de que a loja já era conhecida e tinha clientela fixa, por outro, pelas inovações colocadas em prática.

 

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