Mesmo após reabertura, movimento nos restaurantes de Brusque continua reduzido
Várias medidas de segurança têm que ser adotadas para funcionamento dos locais
Várias medidas de segurança têm que ser adotadas para funcionamento dos locais
Desde o dia 22 de abril, os restaurantes de Santa Catarina foram autorizados a reabrir suas portas, depois de mais de um mês fechados por causa da pandemia de Covid-19. No entanto, passado quase um mês e meio após a liberação, o movimento nos locais, em Brusque, ainda não está totalmente normalizado em relação a antes da circulação da doença.
Vitória Schilenski, filha do proprietário do Donna Dunna, que trabalha no restaurante localizado no Centro de Brusque, conta que houve uma queda da circulação de pessoas no salão em cerca de 50%, após o retorno com restrições. Por outro lado, houve aumento na quantidade de retiradas no balcão.
“Entendemos o medo das pessoas, mas estamos respeitando todas as medidas de segurança. Aos poucos, os clientes estão voltando”, afirma.
As regras para o funcionamento de restaurantes incluem o afastamento mínimo de 1,5 metro entre cada cliente, utilização de máscaras, disponibilização de álcool em gel, disponibilização de luvas descartáveis para utilização enquanto clientes se servem e higienização das máquinas de cartão a cada utilização.
O que se vê é que, apesar da possibilidade de abertura “normal” seguindo essas regras, os clientes ainda estão temerosos em permanecer nesses locais.
O proprietário do restaurante Degustus, localizado no bairro Santa Terezinha, Elói Griza, diz que a maioria dos clientes continua preferindo retirar a comida no local – o restaurante não realiza entrega. Griza destaca que a maior queda no movimento foi em relação aos fins de semana, onde a quantidade de clientes costumava ser maior.
Tem se notado, também uma divisão mais equivalente entre os clientes que preferer retirar a comida para levar para casa e os que comem no local.
Um exemplo é o restaurante de Betina Kraus Müller, proprietária do Mascavo Brasil, no Centro. Ela diz que desde a reabertura do restaurante as vendas têm sido divididas entre delivery, retirada e consumo no local. Por outro lado, acredita que está havendo uma retomada gradual do consumo no restaurante.
“Tem bastante gente que já está voltando a consumir no local. As pessoas estão aceitando as normas de segurança e tem melhorado o movimento”, destaca.
Em relação ao período que o salão estava fechado, as entregas diminuíram. “Algumas pessoas que costumavam comer aqui, estavam pedindo em casa, mas agora voltaram a frequentar o restaurante”.
Ela conta que a principal queda foi a comercialização de outros produtos vendidos no local, como bebidas e sobremesas.
“O almoço é o essencial, mas o que complementava, não é visto como realmente necessário e aí as vendas caíram bastante”, revela.