Mesmo com pouca participação, organizadores planejam novas edições da Feira Troca Trecos

Primeira edição registrou apenas quatro trocas de discos de vinil; evento deverá ocorrer mensalmente

Mesmo com pouca participação, organizadores planejam novas edições da Feira Troca Trecos

Primeira edição registrou apenas quatro trocas de discos de vinil; evento deverá ocorrer mensalmente

Criado com o intuito de reunir artistas e dispor de espaço para a troca de livros, discos de vinis, CDs, DVDs, obras de artes, instrumentos, acessórios, roupas e demais objetos – novos e antigos -, a primeira feira Troca Trecos de Brusque registrou pouca participação da comunidade. Ao todo, ocorreram quatro trocas de discos de vinis. Ainda assim, o evento, que ocorreu no sábado de manhã na praça da Cidadania, das 8h às 11h, deverá contar com edições mensais.

Para o superintendente da Fundação Cultural de Brusque, Michel Belli, a baixa adesão é normal por tratar-se de um novo evento. Ele explica que os objetivos eram lançar a feira e discutir ideias e melhorias para aprimorá-la para atrair mais participantes às outras edições. Além da presença da comunidade em geral, Belli pretende firmar parcerias com livrarias e outros estabelecimentos culturais.

“Além da troca de objetos, trocamos ideias também para as próximas edições. A nossa ideologia era lançar logo a feira e conversar com o pessoal para colher opiniões. Já recebemos dicas para, por exemplo, montarmos um espaço com as fotografias de objetos maiores que poderiam ser trocados mas que os proprietários não poderiam transportar até aqui”, diz.

Idealizador do evento, o professor de capoeira do grupo Camará, Marcelo Kbelera, conta que participava de feiras semelhantes em Florianópolis e que a partir delas sugeriu a ideia à Fundação Cultural. A primeira edição, segundo ele, auxilia no aprimoramento das próximas, tanto na questão dos dias e horários em que serão realizadas quanto na questão da busca por parceiros culturais.

“Hoje [sábado] tem Sábado Fácil e percebemos que muitas pessoas não compareceram porque estão trabalhando. Então temos de cuidar com isso nas próximas. O horário também deverá mudar, porque começamos muito cedo e o movimento aqui começa a partir das 10h. E nossa ideia não é disponibilizar um espaço somente para trocar objetos, mas também para trocar experiências culturais através de apresentações e também através de bate-papos”, explica.
Na primeira edição da feira, a parte musical ficou sob responsabilidade do Camará. Porém, Kbelera afirma que poetas e músicos locais também serão convidados para participarem e divulgarem seus trabalhos.
Oportunidade

Disposto a se desfazer de objetos que existem há mais de 70 anos e que ocupam grande espaço em casa, o talhador Ademir Dolsan, de Guabiruba, acordou cedo para dirigir-se a Brusque. Às 8h, ele e o filho João já estavam com os objetos expostos na feira. No entanto, durante às três horas de evento, os dois não conseguiram trocar os utensílios.

“Eu acho que a maioria das pessoas fica com receio e não sabe o que trazer, ainda mais porque é um evento novo. Mas eu juntei minhas coisas e vim. Tenho muita coisa em casa que eu não uso e não adianta mantê-las lá se outras pessoas podem usar. Tenho um moedor de carne que valeria R$ 180.00, mas que eu não uso. Se eu trocasse com alguém por algo que eu gosto ou preciso, nós dois sairíamos ganhando”, diz.

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