Mesmo com redução, Brusque segue com gasolina mais cara do que Itajaí e Blumenau

Combustível custa, em média, R$ 3,79 no município, que chegou a registrar preço 30 centavos abaixo da média

Mesmo com redução, Brusque segue com gasolina mais cara do que Itajaí e Blumenau

Combustível custa, em média, R$ 3,79 no município, que chegou a registrar preço 30 centavos abaixo da média

O brusquense paga, em média, mais pela gasolina comum do que itajaienses e blumenauenses, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP) realizado em entre 18 e 23 de maio. Os preços médios são, respectivamente, R$ 3,76, R$ 3,74 e R$ 3,67. Foram verificados 10 postos de combustíveis de Brusque, 20 de Blumenau e 11 de Itajaí. Em geral, o produto está mais barato do que no mesmo período em 2019.

Em Brusque, o preço máximo registrado em dez postos de sete bairros foi R$ 3,89. O mínimo foi R$ 3,53, sendo o menor do levantamento levando em consideração Blumenau, Itajaí e Balneário Camboriú. Seis dos dez postos têm o litro da gasolina a R$ 3,79.

Blumenau tem a menor variação: apenas 14 centavos, com o litro da gasolina comum oscilando entre R$ 3,59 e R$ 3,73. Brusque tem variação de 36 centavos.

Um município próximo com gasolina mais cara do que a de Brusque é Balneário Camboriú, com menor preço do litro em R$ 3,73 e o maior em R$ 4,10. A média é de R$ 3,86, 2,59% maior do que em Brusque.

Em média, os postos de combustíveis brusquenses oferecem o litro com preço 2,45% maior do que os de Blumenau, e 0,53% maior do que os de Itajaí.

Em geral, o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) informa que não tem ação a tomar sobre preços exercidos por postos de combustíveis, ficando a tarefa a cargo da ANP. Cabe ao Procon agir apenas em casos de suspeita na qualidade do combustível e verificar preços abusivos, como ocorreu durante as paralisações de caminhoneiros entre maio e junho de 2018.

A justificativa para tal discrepância entre cidades, alegada por entidades representativas do setor, é que a diferença de tamanho, demanda e consumo entre os municípios gera custos diferentes para os empresários, tais como o valor do frete para transporte do combustível e o preço de aquisição junto às distribuidoras, além dos aumentos estipulados pela Petrobrás.

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo em Santa Catarina (Sindipetro) divulgou nota nesta quarta-feira, 27, na qual destaca a variação de preços que tem sido praticada na origem pela estatal.

“Depois da queda nos últimos meses, os preços da gasolina, nas refinarias, já acumulam uma alta de 44,9% no mês, enquanto o diesel subiu 15,5%. A variação mais recente, contudo, ainda não chegou ao consumidor final, que se beneficia da baixa acumulada no ano”.

Tendência

Não é uma novidade que Brusque tenha preços mais elevados do que outras cidades próximas. Em 6 de maio de 2019, O Município publicou matéria semelhante. Na ocasião, um levantamento próprio com 15 postos de combustíveis de Brusque, Blumenau e Itajaí registrou médias de R$ 4,36, R$ 4,25 e R$ 4,08, respectivamente.

A principal diferença é que a média de segundo preço mais alto entre os três municípios, em maio de 2020, é o de Itajaí, não o de Blumenau. Em 2019, a gasolina vendida em Brusque era, em média, 2,59% mais cara do que a de Blumenau, e 6,42% mais cara do que a de Itajaí, sendo diferenças maiores do que as atuais.

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