Mesmo durante a pandemia, confecções de Brusque vão para as vitrines de todo Brasil
Lojistas não deixaram de comprar as peças de roupas produzidas na região
Colaborou Luiz Antonello
Peças de roupas produzidas por micro e pequenas empresas de Brusque e região estão nas vitrines de lojas de todo o país graças à ponte realizada entre fabricantes e lojistas com ações como a Pronegócio.
Entre os compradores que veem o evento realizado pela Ampebr como importante para a diversificação do negócio, sobretudo durante a pandemia, está o empresário Sérgio Antunes.
Ele é o proprietário da rede de lojas BLM, que conta com 26 unidades espalhadas por cidades do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia. O empresário vem a Brusque para participar da Pronegócio há cinco anos e classifica o evento como importante para aproximação entre fabricantes e compradores.
“Na primeira vez que fomos, descobrimos novos parceiros de negócios que agora já estão consolidados. É uma grande ferramenta de aproximação com os fornecedores e a qualidade dos produtos é excelente”.
O empresário afirma que de 15% a 23% dos produtos comercializados em suas lojas são originários da região de Brusque, por meio da Pronegócio. “Também temos fabricação própria, mas com os produtos diferenciados que adquirimos em Brusque, conseguimos ter uma variedade nas nossas lojas”.
Sérgio foi um dos 600 compradores que participaram das edições da Pronegócio Web em 2020, durante o auge da pandemia da Covid-19 no Brasil. O empresário avalia a experiência como positiva, já que conseguiu manter o estoque de suas lojas atualizado.
“Acredito que resolveu muito bem o problema da falta do evento. Foi feito de uma forma bem interessante. Naquele período as empresas estavam sem confiança, com muitas incertezas, e a Pronegócio ajudou a nos manter ativos, em contato com os parceiros”.
Retorno da parceria
Proprietária de três lojas na região metropolitana de Londrina, no Paraná, a empresária Maria Inês Arroio Pizolato retornou para a Pronegócio após quase um ano e meio afastada.
Por ser do grupo de risco da Covid-19, a lojista só se sentiu segura para viajar até Brusque a partir desta edição do evento. A empresária, agora, se prepara para a retomada das vendas em sua loja, com a renovação das mercadorias.
“As vendas agora estão começando a melhorar. Não podemos mais esperar os clientes virem até a loja, a loja tem que ir até o cliente. Então fizemos alguns ajustes no nosso modo de trabalho: levamos a mercadoria até o cliente e damos um prazo de 24 horas para ficar com o que mais agrada. Esta foi a nossa principal adaptação”.
Durante o período de pandemia, Maria Inês manteve contato com os fornecedores aqui da região por telefone, mas o número de mercadorias adquiridas foi bem menor do que nas participações na rodada antes da Covid-19.
A empresária destaca que cerca de 80% das mercadorias vendidas em suas lojas são provenientes da Pronegócio, por isso a importância do evento para o seu negócio, sobretudo durante a retomada.
“Em cada edição, compro mais de mil peças aqui na Pronegócio. São produtos de cerca de 50 fabricantes diferentes. Para mim, é muito bom ver que as coisas estão voltando ao normal e que a Pronegócio tem conseguido se adaptar e manter a mesma qualidade dos produtos”.