Mesmo investigado, Zé Trovão toma posse na Câmara dos Deputados
Trovão
Zé Trovão, bolsonarista investigado por atos antidemocráticos, que assumiu na quarta-feira, 1º, como deputado federal representando o PL de SC – preso em 2021 sob acusação de ter sido um dos idealizadores de manifestações de teor golpista ocorridas no Sete de Setembro daquele ano -, tem investigação correndo, em sigilo, no Supremo Tribunal Federal, a quem cabe julgar casos de autoridades com foro privilegiado, como agora é seu caso. Por não ter condenações, Zé Trovão pôde disputar a eleição normalmente, assim como não enfrentou restrições para tomar posse na Câmara na quarta-feira.
Oposição
A deputada federal catarinense Julia Zanatta (PL) postou foto em rede social, ontem, com a frase “Fora Lula” colada em sua roupa. Foto feita dentro do plenário da Câmara dos Deputados. Mesma atitude assumida por outros colegas de PL, como Nikolas Ferreira (MG), Eduardo Bolsonaro (SP), Gilvan da Federal (ES) e Gustavo Gayer (GO), que posaram em grupo, exibindo diferentes dizeres.
Nenhum influente
Os congressistas catarinenses estão em baixa, pelo menos no momento. Levantamento feito pelo jornal “O Globo” listou os deputados e senadores mais populares no Facebook e no Instagram. Entre os 10 com mais interações e seguidores no Facebook, em primeiro está o senador Humberto Costa (PT-CE). No Instagram, Marcos do Val (Podemos-ES). Entre os deputados federais o primeiro no Facebook é Gustavo Gayer (PL-GO) e no Instagram Bia Kicis (PL-DF).
Protagonismo
Congressista catarinense de férias disse numa roda de praia na Ilha de SC, no último final de semana, que captou sinais vindos de radares de Brasília. Que a ministra “suprema” gaúcha Rosa Weber estaria em vias de, discretamente, como soe a ela, chamar às falas seu colega Alexandre de Moraes, que parece ser (e se comporta assim), de fato, o comandante da suprema corte brasileira.
Melancolia
A situação atual da Fundação Catarinense de Cultura e do Museu de Arte de SC é melancólica. O Masc está fechado, sem planejamento de agenda e sem diretor. Diariamente turistas batem na porta, frustrados. A FCC tem uma interinidade sem fim. Tudo está inerte, com ares de abandono, demora e tristeza. Parece terra arrasada.
Esgotado
As duplas sertanejas, cujo conteúdo das letras que cantam é muito discutível, salvo raras exceções, continuam em alta. Matheus e Kauan, por exemplo, que se apresentam no dia 6 de abril, no Festivale, em Blumenau, já tem todos os ingressos vendidos para show naquela data, na Vila Germânica.
Entrelinhas
O governo Jorginho Mello completou um mês com o importante cargo de secretário da Segurança ainda vago. Tentou preenchê-lo, com alguns convites, dentre eles ao promotor de Justiça Odair Tramontin, que foi candidato adversário, concorrente com ele nas eleições de 2012. Recusou.
Comissão
Tão importante quanto a eleição para presidente da Assembleia Legislativa, ontem, que conduziu Mauro de Nadal (MDB) ao cargo, foi a escolha de quem vai comandar a estratégica Comissão de Constituição e Justiça, entregue a Camilo Martins (Podemos). Trata-se do colegiado mais importante de qualquer Legislativo, por onde passam quase todos os projetos. E é seu presidente quem decide se vão ou não adiante.
Dois mundos
Enquanto Brasília, ontem, foi literalmente cercada pelas forças de segurança para garantir, sem sobressaltos, a posse dos senadores e deputados no Congresso Nacional, em Florianópolis, na Assembleia Legislativa, tudo foi paz e tranquilidade. Um pouco agitados foram os sabidos “acertos” no andar de cima, mas com interesses atendidos, pessoais ou não, tudo se ajustou.
Inseminação caseira
Um casal homoafetivo que gerou uma criança por meio de inseminação artificial caseira obteve na Justiça de SC o direito de registrá-la oficialmente como filho, com o nome de ambas as mães na certidão. A decisão foi da 1ª Vara Cível da comarca de Canoinhas, onde a ação tramitou em segredo de justiça. As mulheres recorreram a um amigo, que aceitou doar o sêmen sob a condição do anonimato. De posse do material genético, o experimento caseiro mostrou-se exitoso e o casal realizou seu sonho. Se fosse pelos métodos oficiais, sofreriam discriminação, certamente. Além de uma conta que nestes casos, em tratamento particular, não sai por menos de R$ 30 mil.