Mico-leão-dourado e outros: Zoobotânico de Brusque tem novos moradores
Casal da espécie ameaçada de extinção já está adaptado ao novo lar
Casal da espécie ameaçada de extinção já está adaptado ao novo lar
O Parque Zoobotânico de Brusque tem novos moradores. Nos últimos meses, o espaço recebeu animais de várias espécies que devem alegrar crianças e adultos quando o parque reabrir para visitação.
Entre os animais que passaram a viver no parque de Brusque estão um casal de micos-leões-dourados, espécie que está ameaçada de extinção há muito tempo. Esta é a primeira vez que o Zoo de Brusque tem exemplares desta espécie como moradores.
Gaia, a fêmea, veio do zoológico do Parque Beto Carrero há cerca de três semanas. Aquiles, o macho, veio de um zoológico de Belo Horizonte, Minas Gerais, e chegou dias depois de Gaia.
Os dois já estão acomodados juntos em um recinto preparado especialmente para eles. A veterinária e responsável técnica do zoo, Milene Pugliesi Zapala, explica que antes de colocar os dois animais juntos, foi preciso analisar o comportamento de cada um.
“Primeiro deixamos eles separados, e fomos aproximando aos poucos, por meio de contato visual. Analisamos o comportamento deles durante alguns dias até decidirmos que eles poderiam ficar juntos. Não tiveram problema nenhum de aceitação um com o outro e estão se adaptando muito bem”, diz.
Os micos-leões-dourados são animais de pequeno porte, chegando em torno de 60 cm de altura. Vivem cerca de oito anos e têm hábitos diurnos.
Além do casal de mico-leão-dourado, o parque agora conta também com uma fêmea de macaco-rhesus. O espaço já tem há muitos anos um macho desta espécie, que é originária da Ásia, e depois de muitas tentativas, conseguiu trazer uma fêmea, a Maria Clara, que veio do Rio de Janeiro.
“Temos o macho sozinho há muitos anos, então sempre tentamos uma fêmea para fazer companhia para ele. Esta espécie vive em bandos, por isso, buscamos a melhor qualidade de vida para eles”, diz.
Quem também ganhou companhia no Zoo de Brusque foi Nina, a fêmea jacaré-do-papo-amarelo, que vive na lagoa do parque. Recentemente, chegou ao espaço o macho Rodolfo. A veterinária destaca que ele já se adaptou muito bem ao novo ambiente e também à companheira. “A adaptação dele foi super tranquila, inclusive, ele já fez contato de copulação com a Nina”.
Milene explica que há possibilidade do casal ter filhotes, mas este não é o objetivo do parque. “O nosso objetivo é a educação ambiental, não a reprodução. Esta é uma decisão que teremos que tomar mais para frente. O objetivo do zoobotânico é proporcionar um ambiente de qualidade para esses animais que não conseguem viver sozinhos na natureza”.
Por fim, quem também ganhou companhia foi o gato do mato Lion. Ele agora convive com duas fêmeas da sua espécie: a Fauna e a Tiffany. Elas são filhotes e vieram do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, em Florianópolis.
“O Lion também chegou aqui filhote. O gato do mato são animais solitários, que só se aproximam em época de reprodução. Mas não queremos o animal vivendo sozinho a vida toda, por isso, trouxemos elas para fazer essa aproximação”, explica a veterinária.
O viveiro de imersão montado na pirâmide onde funcionava o orquidário e bromeliário de Brusque já está concluído. Cerca de 50 aves já estão no recinto e quando o parque reabrir para visitação, elas poderão ser admiradas de perto, sem grades.
“A pirâmide estava há 13 anos desativada, então pensamos em usar a estrutura para o viveiro de imersão. Tivemos apoio da prefeitura e da polícia ambiental”, destaca.
As aves que estão no viveiro são, em sua maioria, resultado de apreensão da polícia ambiental e também órfãs.
“O objetivo não é ficar com os animais, mas recebemos muitas aves filhotes que acabam ficando dependentes da gente ou que foram machucadas e ficaram com sequelas e por isso não têm condições de viverem soltas na natureza”.
Entre as espécies estão canário do reino, trinca-ferro, curió, e também animais rasteiros como jacuaçu, aracuã e faisão.