Ministério do Esporte analisa projeto para complexo esportivo em Guabiruba

Prefeitura incluiu previsão de quase R$ 3 milhões de orçamento de 2016 em caso de aprovação

Ministério do Esporte analisa projeto para complexo esportivo em Guabiruba

Prefeitura incluiu previsão de quase R$ 3 milhões de orçamento de 2016 em caso de aprovação

Já está em análise no Ministério do Esporte, em Brasília, um projeto para a construção de complexo esportivo em Guabiruba no próximo ano. Antecipando a aprovação do governo federal, a prefeitura incluiu no orçamento R$ 2,9 milhões em transferências da União para a realização das obras. Os documentos do complexo foram entregues pelo próprio prefeito Matias Kohler em uma viagem à capital em agosto.

Segundo o secretário de Planejamento Urbano e Infraestrutura do município, Wagner Butsch, o projeto – que ainda não está finalizado – deve contemplar várias modalidades e atender exigências de competições estaduais e até mesmo nacionais. “É um complexo multiesportivo que segue o padrão de aprovação do ministério, com todas as dimensões corretas para a prática oficial das modalidades”, explica. Butsch revela ainda que o projeto não deve se limitar à pratica de esportes. “Ele também deverá servir como centro de eventos para a realização de shows”, explica.

Ideia é ter uma quadra como a da Arena Brusque, nos padrões para sediar competições oficiais / Foto: Cristóvão Vieira / Arquivo MDD
Ideia é ter uma quadra como a da Arena Brusque, nos padrões para sediar competições oficiais / Foto: Cristóvão Vieira / Arquivo MDD

O espaço planejado para a obra do complexo é no bairro Imigrantes, no mesmo terreno o qual hoje funciona um posto de saúde e uma creche está em construção. No local havia o desejo da construção de uma pista de skate pela própria Secretaria de Esportes, mas a ideia não foi para frente, pois o governo municipal não conseguiu recursos com o governo do estado.

Quem fez o canal com o Ministério do Esporte foi Luiz Antônio Machado, coordenador da Casa da Cidadania em Guabiruba, filiado do PRB. O partido é o mesmo do ministro George Hilton. De acordo com Butsch, o ministério já entrou em contato com Guabiruba. “Na semana passada recebemos uma ligação do ministério para apresentar complementações desse projeto. Isso indica que ele não está lá jogado, e sim passando por análise”, afirma.

Um dos vereadores a aprovar a captação do recurso pela prefeitura foi Felipe Eilert dos Santos (PT), presidente da Câmara. Ele explica que é uma necessidade antiga do município. “Hoje temos apenas um ginásio municipal que não atende a todas as demandas. Será mais uma opção esportiva. Agora nós aprovamos a previsão para captar os recursos do projeto e deixamos livre para a prefeitura buscá-los”, explica.


Secretário é cauteloso

O secretário de Esportes de Guabiruba, Luiz Schlindwein, o Kareka, é mais ‘pé no chão’ quanto à construção do centro esportivo. Para ele, somente com os recursos em mãos é que se deve acreditar no projeto. “As promessas acontecem, mas às vezes elas não se concretizam. Este projeto já está na pauta da secretaria, pois dizem que está praticamente acertado, que será pago em três parcelas, mas só iniciaremos alguma coisa a partir da batida do martelo”, diz. Durante dois anos, Kareka lutou por recursos estaduais prometidos pela Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) para o esporte guabirubense, até receber o não definitivo do mais recente secretário, Ewaldo Ristow Filho.

Apesar da cautela, Kareka afirma que o complexo seria importante para o município. “Faz falta para nós, até em função de não termos um ginásio que atenda demandas de competições oficiais. Seria um espaço para handebol, vôlei, os projetos de caratê do município, as escolinhas de futebol. Tudo ficaria centralizado”, diz. Kareka revela ainda uma ponta de otimismo na construção do espaço poliesportivo. “Temos que acreditar nas pessoas. Eu ainda acho que a palavra vale muito. Para nós esta obra seria muito boa”, diz.


Bom para toda a região

A existência de um complexo esportivo que atenda as exigências oficiais de modalidades como futebol de salão, handebol e vôlei é um ganho não apenas para o município de Guabiruba, mas para toda a região. O superintendente da Fundação Municipal de Esportes de Brusque (FME), Delmar Tondolo, revelou que o município não teria hoje a capacidade de sediar sozinho uma competição de grande porte, como os Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc). Porém, cidades vizinhas, como Guabiruba, também não podem contribuir com competições que cobram dimensões oficiais. O ginásio municipal João Scheffer, por exemplo, não tem condições de ser palco de uma competição de handebol, que exige o mínimo de dimensões da quadra com 38 metros de comprimento e 18 m de largura.

 

 

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