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Ministério Público abre inquérito para investigar poluição no rio Itajaí-Mirim, em Brusque

Denúncia foi feita com base em conteúdo do blog do Ciro Groh

O Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) abriu um inquérito civil para investigar registro de poluição no rio Itajaí-Mirim, em Brusque, após imagens que mostram a coloração escura da água serem divulgadas. Na época, havia também relatos de mau cheiro.

No documento, assinado pelo promotor Marcio Gai Veiga no dia 7 de fevereiro, foi determinado o envio de ofício exigindo informações à Fundação Municipal de Meio Ambiente (Fundema). A denúncia partiu de um morador da cidade.

Ainda antes do inquérito ser aberto, o MP-SC já havia solicitado informações à Fundema, que não foram respondidas até o prazo. Sendo assim, a entidade justificou que foram necessários novos procedimentos.

A superintendente da Fundema, Ana Helena Boos, explicou o motivo pela fundação não ter enviado respostas às solicitações do MP-SC e confirma que a Fundema seguirá a nova determinação da entidade.

“Tivemos mudança de servidores e, por isso, não foi enviada a primeira resposta. Estamos no prazo para a apresentação das informações, que serão devidamente encaminhadas”, disse a superintendente ao jornal O Município.

A denúncia foi encaminhada ao MP-SC em setembro de 2022 e tem base em um conteúdo do blog do Ciro Groh, do jornal O Município, publicado no dia 22 de setembro. O material trata da coloração do rio Itajaí-Mirim, na região do Centro, na época.

“Estou enviando [o material] apenas para lembrar as autoridades e dizer que em nossa cidade, pelo menos de duas a três vezes por ano, são estampadas matérias semelhantes. Não é difícil identificar responsáveis”, escreveu o denunciante ao MP-SC.

De acordo com o conteúdo do blog, o mau cheiro e a coloração escura revoltou os pedestres que caminhavam na Beira Rio no dia. O promotor, no despacho, considerou a coloração da água “fora dos padrões normais”.

No material, o blogueiro escreveu na época que as imagens foram enviadas no início da manhã do dia 22. Há, ainda, relatos de moradores que passaram pelo local e observaram a situação do rio.

“É revoltante, pois não é a primeira vez que isso ocorre, e, certamente, não foi a última. Esperamos uma investigação por parte das autoridades, a fim de punir os responsáveis por essa aberração na forma da lei”, relatou um morador ao blog do Ciro Groh na época.

Por fim, Ciro escreveu no blog que, por outro lado, a situação do rio em bairros que ficam a alguns quilômetros do Centro, como Rio Branco e Dom Joaquim, estava normal e não havia alteração na coloração da água.

O que diz a Fundema

A reportagem de O Município questionou à superintendente da Fundema se a fundação gostaria de se manifestar sobre o assunto. No entanto, a resposta não foi enviada até o fechamento da matéria.


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