Ministério Público arquiva denúncia de obra fantasma na Prefeitura de Guabiruba
Denúncia arquivada O Ministério Público arquivou representação que denunciava o pagamento, pela Prefeitura de Guabiruba, de obra alegadamente não realizada. Em síntese, a denúncia informava que, em 2008, a prefeitura, durante o governo Orides Kormann, contratou a empresa Azza Terraplenagem para pavimentar a rua Alberto Reichert, o que não foi, em tese, realizado. Depoimentos Em […]
Denúncia arquivada
O Ministério Público arquivou representação que denunciava o pagamento, pela Prefeitura de Guabiruba, de obra alegadamente não realizada. Em síntese, a denúncia informava que, em 2008, a prefeitura, durante o governo Orides Kormann, contratou a empresa Azza Terraplenagem para pavimentar a rua Alberto Reichert, o que não foi, em tese, realizado.
Depoimentos
Em depoimento, o ex-prefeito e o dono da empresa disseram ao Ministério Público que, dos 1,6 mil metros previstos, apenas 500 foram efetivamente pavimentados, por causa de indisponibilidade financeira. A prefeitura pleiteava um financiamento para tocar a obra, o qual foi negado. Dessa forma, o município autorizou apenas a execução do trecho que conseguiria pagar com recursos próprios. A atual gestão do município corroborou essa versão e a Promotoria arquivou o inquérito civil.
Data alterada
A comissão organizadora do 12º torneio de dominó do Bóca Cunha informa que foi alterada a data do evento, que será realizada na chácara do ex-prefeito Bóca Cunha, localizada no loteamento Jardim das Bromélias, no bairro Rio Branco, em Brusque. O evento será realizado no dia 27 de maio, e não no dia 20, conforme havia sido divulgado anteriormente. O horário de início está mantido para as 9h30.
Despesas por área
O Observatório Social de Brusque (OSBr) realizou um levantamento das despesas por área no governo municipal em 2016. Entre os custos estão o legislativo, administrativo, saúde, educação, cultura, indústria, agricultura e previdência social. O total das despesas no ano passado foi de R$ 337 milhões, sendo janeiro o mês com maior custo, somando R$ 39 milhões, de acordo com as informações do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SC).
Educação lidera
O maior montante, conforme o relatório, foi destinado à Educação, com R$ 85 milhões, totalizando uma média de R$ 7 milhões por mês. Em seguida vem a Saúde, que recebeu R$ 82 milhões, com média de R$ 6 milhões ao mês. Além disso, o setor de urbanismo recebeu R$ 42 milhões para as despesas de 2016.
Outros setores
Outros setores receberam muito pouco, se comparado com os demonstrados acima. É o caso da Ciência e Tecnologia, que teve R$ 7,6 mil para as despesas do ano inteiro. Para habitação foi destinado R$ 35 mil. Para outras áreas foram feitos repasses medianos, como a indústria, que teve R$ 715 mil de despesas, os direitos da cidadania, com R$ 626 mil, e agricultura com R$ 762 mil.
Obras na Beira Rio
Na manhã desta quinta-feira, 30, a Secretaria de Obras reiniciou a implantação da rede de drenagem na margem direita da avenida Beira Rio. As ações visam dar continuidade ao prolongamento do canal extravasor, no trecho que inicia nos fundos da Unifebe até a rua Theodoro Staack, no bairro Santa Terezinha. Nessa fase dos trabalhos, os servidores executam o assentamento dos tubos de 60 centímetros de diâmetro, bem como, a colocação de pedras detonadas para a proteção da saída das peças na margem do rio. Além disso, outra equipe esteve no local para realizar o levantamento topográfico da área.
EDITORIAL
Não sobra um, meu irmão
Hoje o editorial inicia com um trecho de uma poesia clássica… do cancioneiro popular. Dos versos imortais do clarividente Bezerra da Silva, trazemos essas palavras de assustadora atualidade:
“Aqui realmente está toda a nata:
doutores, senhores, até magnata
Com a bebedeira e a discussão,
tirei a minha conclusão:
Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão
Se gritar pega ladrão, não fica um”.
Houve tempo em que o cidadão brasileiro desconfiava dos boatos sobre enriquecimento ilícito, roubalheiras, desfalques. Poderia ser conversa de desafeto, de gente má que procurava manchar a reputação de pessoas honradas.
“Imagina, se o doutor Fulano vai se rebaixar a pedir propina. Isso simplesmente não é possível!”
Mas, de uns tempos para cá, os espetaculares acontecimentos cotidianos estão nos levando a achar que tudo é possível. Mesmo as coisas mais absurdas.
Um prosaico posto de gasolina, na capital da República, que tinha entre suas conveniências uma casa de câmbio, servia como ponto de distribuição não apenas de combustíveis para veículos, mas principalmente de combustível para patifes, canalhas e ladrões que ocupavam funções importantes no governo apenas para isso: mamar nas tetas do dinheiro público.
Mas quem poderia acreditar se alguém dissesse que ali, ao lado do lava-jato e do calibrador de pneus, gente graúda metia a mão no dinheiro subtraído em tenebrosas transações?
Esse balaio de siris parece não ter fim: quando se puxa um, sempre vem
outro agarrado
Se alguém de dentro do esquema não tivesse dado com a língua nos dentes, talvez tivéssemos demorado a começar a desconfiar. E esse balaio de siris parece não ter fim: quando se puxa um, sempre vem outro agarrado. E tem sido assim, com preocupante frequência e regularidade.
Quem poderia imaginar que num Tribunal de Contas, vetusta casa de fiscalização e acompanhamento do uso que se faz do dinheiro público, sob a aparência severa de doutores do andar superior, senhores engravatados rastejam no lamaçal da imoralidade, enchendo os bolsos enquanto a população pena nas filas de hospitais falidos, desaprende em escolas caindo aos pedaços e, indefesa, tem que entregar celulares a bandidos cada vez mais violentos e drogados?
E o pior, o mais grave, o mais assustador, é que se alguém disser que os esquemas que agora foram descobertos no estado do Rio de Janeiro podem ocorrer em outros tribunais Brasil afora, ninguém, em são juízo, duvidará. Ainda que, no fundo das nossas esperanças, estejamos torcendo para que nem todos os tribunais sejam ocupados por gente desse tipo.