Missão cumprida: conheça a história de Marlene Schaefer, funcionária do jornal O Município há 24 anos

Após décadas de trabalho para o jornal, agora ela vai se dedicar a família e aos seus hobbies

Missão cumprida: conheça a história de Marlene Schaefer, funcionária do jornal O Município há 24 anos

Após décadas de trabalho para o jornal, agora ela vai se dedicar a família e aos seus hobbies

Após pouco mais de 24 anos de trabalho para o jornal O Município, a consultora Marlene Clerice Schaefer se despede da rotina de vendas para curtir a família, descansar e se dedicar aos seus hobbies. 

Natural de Iporã, no Paraná, Marlene é uma das funcionárias mais antigas do jornal, e ao longo das mais de duas décadas de trabalho em Brusque conquistou clientes e amigos.

A história de Marlene com O Município iniciou 8 de março de 1999. Naquele ano, a atual direção do jornal havia acabado de assumir a gestão e tinha planos de implantar o setor de televendas de assinaturas. 

Com experiência de 12 anos como telefonista e também por já ter atuado por um tempo no telemarketing da sucursal do jornal A Notícia, em Brusque, Marlene foi a pessoa escolhida para implantar o novo setor do jornal.

“O jornal ainda era semanal e eu comecei a trabalhar na minha casa, em Guabiruba. Eu vendia e cobrava as assinaturas. Tudo que era relacionado com as assinaturas era eu que fazia. Fui prestadora de serviços desta forma por três anos”, conta.

Marlene iniciou sua trajetória no jornal O Município no setor de assinaturas | Foto: Wendel Rudolfo/O Município

Antes de ser efetivada pelo jornal, Marlene chegou a trabalhar em outra empresa por alguns meses, mas não deu certo e decidiu retornar para o setor de assinaturas. Assim, começou a trabalhar na sede do jornal, em Brusque. “Eu trabalhava seis horas por dia. Era das 8h às 14h e à tarde eu fazia algumas vendas para o setor comercial quando algum cliente me pedia alguma coisa”.

Ela ainda não sabia, mas desta forma, começou a trilhar seu caminho junto ao setor comercial do jornal. O tradicional especial de aniversário de Guabiruba, cidade onde Marlene vive há 27 anos, foi fundamental para ela conquistar um espaço na área de vendas.

Marlene representando o jornal em uma ação de auxílio às vítimas da enchente de 2011 | Foto: Arquivo pessoal

“Eu comecei a fazer mais o comercial quando iniciou o caderno de Guabiruba. Como eu conhecia todo mundo lá, achavam que seria mais fácil vender o caderno se eu fosse junto com alguém do comercial. Deu certo, conseguimos vender e eu ganhei uma oportunidade na área de vendas. Iniciei no comercial no início do ano seguinte e estou até hoje”.

“Se não tiver perseverança, não chega no objetivo”

Em quase 20 anos de trabalho só na área de vendas, Marlene afirma que a parte que mais gosta de fazer é o atendimento. “Ir no cliente, conversar, escutar um pouco. Tem toda uma parte operacional por trás, mas a parte que mais me agrada é ir fazer a venda”.

Marlene destaca que tem clientes que estão com ela desde o início de sua trajetória no setor comercial, mas sempre está em busca de novas parcerias. “Tenho clientes da minha carteira que estão comigo há anos. Valorizo muito essas pessoas, mas também não deixo de buscar novos clientes. Sempre estou buscando novos objetivos, que sejam bons para mim e para a empresa”, diz.

Em quase 24 anos de trabalho, Marlene viveu muitas fases dentro do jornal. Foram várias transformações e para acompanhar as mudanças, foi preciso se adaptar.

Quando iniciou, o jornal era semanal, a edição impressa era publicada somente às sextas-feiras. Em 2002, se transformou em diário, com edições de segunda a sexta-feira. 

“Neste início foi muita luta porque quando comecei a vender as assinaturas para o diário, as pessoas queriam só a edição de sexta, com o resumo da semana, aí tinha que explicar que agora tinha notícia todo dia. Foi um período difícil”.

Anos mais tarde, a empresa entrou na era digital, inicialmente com o portal de notícias e, mais recentemente, com as redes sociais.

“Eu já estava no comercial quando veio o digital. A transição foi aos poucos, consegui me habituar, estudar, e consegui chegar junto com a empresa no objetivo”, diz.

“A pessoa para vender e para ficar em vendas por tantos anos, tem que gostar muito do que faz e perseverar muito. Não pode desistir na primeira situação. Se não tiver perseverança, não consegue chegar no objetivo que você e a empresa traçaram”, completa.

“Trabalhei para dar educação para meus filhos”

Após mais de 20 anos de trabalho, chegou a hora de parar. A decisão, entretanto, não foi fácil. Marlene conta que se preparou muito para este momento, que foi decidido em família.

“Não é uma coisa fácil. Sempre tive muito apoio no jornal em tudo o que precisei. É a minha segunda família, então eu sabia que não poderia ser de uma hora para outra. Eu me preparei muito até chegar nesta decisão e me acostumar com a ideia”, conta.

A família sempre foi parte fundamental na vida da moradora de Guabiruba, e segundo ela, o principal motivo que a fez trabalhar durante todos esses anos.

A educação dos três filhos sempre foi o objetivo de Marlene | Foto: Arquivo pessoal

“Sempre me preocupei muito com a educação dos meus filhos. O meu objetivo de trabalhar fora sempre foi esse: poder dar educação para os meus três filhos”, diz.

Marlene é aposentada legalmente desde 2019, mas continuou trabalhando porque a filha mais nova ainda estava na faculdade.

“Eu sempre comentava que quando saísse minha aposentadoria eu ia sair. Eu me aposentei, mas minha filha estava na faculdade, então decidimos que eu ia trabalhar até ela se formar. Ela se formou e eu ainda continuei”.

Em setembro do ano passado, em conjunto com a família, ela decidiu que o momento de se aposentar, de verdade, chegou. “Resolvemos que eu pararia em dezembro. Mas o jornal me pediu para ficar mais um pouco até contratar outra pessoa e eu poder treinar o novo funcionário”.

Marlene e o esposo Laerte, que sempre a apoiou durante seu trabalho no jornal | Foto: Arquivo pessoal

Orgulho e gratidão

Nesta sexta-feira, 31, foi o último dia de Marlene como funcionária do setor comercial do jornal. Ela afirma que tem grande orgulho de fazer parte da equipe do jornal O Município por mais de duas décadas. “Eu sinto muito, muito orgulho. Tudo o que eu consegui, o que eu tenho, eu devo ao jornal. Sei que muito é mérito meu de buscar, senão não estaria aqui esses anos todos. Mas a educação dos meus filhos eu devo ao jornal”.

A moradora de Guabiruba conta que a educação de seus filhos sempre foi sua meta. “Eu vim de uma família muito pobre e eu sempre pensava se um dia eu conseguiria dar para os meus filhos aquilo que meus pais não conseguiram dar para mim. Graças ao trabalho no jornal eu consegui. Este sempre foi meu objetivo. Quando eu comecei, estava com minha casa pronta, mas sabia que meu marido não conseguiria sozinho, então fui trabalhar fora para dar educação para os três e eu agradeço por ter conseguido através do jornal”.

Ao lado da colega Glória Zen, Marlene é uma das funcionárias mais antigas do jornal | Foto: Arquivo pessoal

Com sua missão cumprida e prestes a começar uma nova fase da vida, Marlene se emociona ao falar sobre os anos de trabalho no jornal.

“Aqui é uma família. Tenho uma boa convivência com todo mundo e vou sentir muita falta. Até por isso busquei ajuda para me preparar para seguir em frente depois disso. Não estou saindo para outra empresa. Sempre deixei claro que o momento que eu saísse, seria para me dedicar a minha família e as coisas que eu gosto de fazer”, diz.

“Agradeço muito a toda a equipe, pois somos uma família aqui. Também agradeço aos meus filhos e ao meu marido por todo o apoio sempre, se eu não tivesse a ajuda deles, não conseguiria chegar onde cheguei. Agora vou me dedicar ao artesanato, a família e no futuro dar para os meus netos a atenção que eu não pude dar para os meus filhos”, finaliza.


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