Arquivo O Município
Após cinco anos, a identidade de ossada encontrada em Guabiruba continua um mistério
Os ossos foram encontrados no bairro Lageado Baixo em novembro de 2015
A identidade de uma ossada encontrada em Guabiruba há mais de cinco anos continua um mistério. Os ossos foram encontrados no bairro Lageado Baixo em 7 de novembro de 2015. Eles estavam em um matagal, há cerca de 500 metros de distância das casas, na rua Augusto Lang.
As peças de roupas que estavam com a ossada eram uma calça de agasalho azul e uma camiseta verde. Também foi encontrada uma fronha no local. Essas peças foram radiografadas, porém não foi identificado nenhum vestígio de estilhaços ou projéteis de armas de fogo.
A Polícia Civil de Guabiruba aponta que as informações existente ainda são as mesmas de um laudo feito na época pelo Instituto Geral de Perícias (IGP): seria de um homem com idade entre 39 e 59 anos, com estatura estimada entre 1,59 metro a 1,68 m.
Até hoje ninguém procurou pela ossada para fazer o teste de DNA e a identidade ainda não foi declarada. Porém, a Delegacia de Polícia de Pessoas Desaparecidas de SC (DPPD) trabalha com a hipótese de que ela seja de Reinaldo Lopes de Oliveira, morador do Lageado Baixo.
Principal hipótese
Segundo o Delegado de Polícia Titular da DPPD, Wanderley Redondo, a principal hipótese é de que a ossada seja Reinaldo. Ele desapareceu nas proximidades de onde os ossos foram encontrados.
O Boletim de Ocorrência do desaparecimento foi feito em 16 de novembro de 2014, mas há registros de que ele tenha desaparecido em junho de 2013. Reinaldo, conhecido por Baianinho, tinha histórico com alcoolismo. O B.O. foi registrado após o desaparecimento, pois a família acreditava que ele estava em uma clínica.
Na época, Reinaldo tinha em torno de 35 anos, estava solteiro e estava desempregado. De acordo com familiares, ele residia na rua Bernardo Vogel. Ele é moreno claro, estatura baixa, possui uma cicatriz próximo da orelha e caminhava com as pernas tortas.
Indícios na ossada
De acordo com o delegado, Reinaldo vestia uma calça jeans e blusa vermelha, possivelmente do Flamengo. São essas as informações que levam a DPPD a apontar a identidade dele como a principal hipótese. Pois o vermelho poderia ter desbotado para o verde com o tempo. Além do desaparecimento ter acontecido nas proximidades de onde ele residia.
“Tem indícios, mas não há como afirmar sem exames. Agora a Delegacia encontrou um irmão no Rio de Janeiro e uma irmã no Espírito Santos para coleta de material DNA”, conta.
O pedido para fazer essa coleta foi encaminhado no dia 29 de janeiro para o Instituto de Análises Forenses (IAF). Para que, então, os dados sejam inseridos no sistema nacional. A delegacia aguarda essa coleta e registro, para enfim comprovar ou não a identidade da ossada.
A previsão da DPPD é de que dentro de três meses o material seja coletado, processado e adicionado no Banco Nacional.
Morte pode ter ocorrido em 2014
Em 2015, Juscelino Carlos Boss, o delegado da Polícia Civil na época, recebeu em 2 de dezembro o laudo do IGP de Florianópolis. Segundo o relatório, morte teria ocorrido há cerca de um ano antes dos ossos serem encontrados, ou seja, em 2014.
Faltavam alguns ossos, como uma clavícula e uma fíbula (osso da perna).
Idoso desaparecido
Em 14 de janeiro de 2016, a Delegacia de Desaparecidos de Florianópolis entrou em contato com Brusque para informar que havia a possibilidade da ossada ser de um idoso desaparecido de Joinville.
Porém, a informação é de que este homem usava prótese dentária. Então, a polícia entrou em contato com o IML da capital. Lá, onde está a ossada, para saber detalhes da arcada dentária. Só que a informação não foi confirmada e uma nova análise foi solicitada.
Neste caso, apesar da delegacia achar minima possibilidade, não é descartado. Então, é mais uma hipótese da identidade.