Antigamente, para se destacar no cenário esportivo da luta, bastava que o lutador fosse especialista em apenas uma arte marcial: o melhor no Jiu-jitsu, ou campeão do Muay Thai, ou o mestre do boxe, por exemplo.

Porém, com a popularização do UFC – liga que coloca campeões de artes marciais distintas para se enfrentarem – o famoso Artes Marciais Mistas (MMA), esta premissa mudou.

Hoje, os atletas já iniciam no MMA aprendendo um pouco de cada modalidade, mas sem se especializar. Muito diferente do passado, quando se tinha uma base em uma modalidade e o lutador aprendia as outras para complementar sua performance no MMA.

Muitas academias hoje já trazem o MMA como base para os atletas, já que com todas as mudanças, não é mais possível que um lutador especialista em apenas uma arte marcial tenha sucesso nas artes marciais mistas. É preciso saber um pouco de cada modalidade para conseguir se defender das técnicas – cada vez mais variadas – que o adversário pode usar.

Estatísticas são importantes para conhecer adversário

De acordo com a Betway, casa de apostas online, até 2009, a maioria das lutas acabava por nocaute. Depois, os confrontos passaram a ser decididos pelos árbitros.

O que acontece é que para vencer, é necessário um nível de precisão cada vez maior, principalmente quando há um duelo de estilos.

O infográfico produzido pela Betway, mostra o índice de precisão dos golpes de alguns grandes nomes do MMA. O brasileiro Anderson Silva, por exemplo, tem 60% de precisão em seus golpes. O americano Jon Jones também tem um grande índice de aproveitamento: 58%.

No feminino, a brasileira Amanda Nunes tem um índice de acerto de golpes de 56%. Já Valentina Schevchenko acerta 55% de seus golpes.

Stephen Johnson tem incríveis 89% de precisão em seus golpes, 1% acima de Israel Adesanya, que também apresenta um grande índice de aproveitamento em suas lutas.

Além da precisão, saber onde golpear é um ponto importante em uma luta. No UFC, mais da metade dos golpes dados são na cabeça, em busca de um nocaute. De acordo com o levantamento da Betway, 47% dos golpes do americano Jon Jones são na cabeça, seguido dos golpes no corpo (25%) e nas pernas (29%) dos adversários.

Nurma Domedov é o lutador que mais mira na cabeça. Ele acerta 87% dos golpes nesta parte do corpo, número bem acima da média dos adversários.

Já a lutadora Weili Zhang acerta a maioria dos seus golpes (33%) nas pernas de seus adversários. Borrachinha, por outro lado é o que mais usa os golpes no corpo (44%).

Já as lesões são mais comuns nos braços, no pescoço e na cabeça, respectivamente, de acordo com estudo do médico Joseph L. Torres, do Flórida Sports & Family Health Center.

O levantamento mostra ainda que 34,4% das lesões são geradas pelas chaves de braço. Por outro lado, o triângulo de imobilização é responsável por outros 34,4% das lesões no pescoço.