Mitra Metropolitana deseja passar administração do cemitério do Bateas para a prefeitura
Entidade religiosa se manifestou sobre o assunto na ação civil pública que cobra a regularização dos cemitérios
Em manifestação na ação civil pública que pede a regularização dos cemitérios de Brusque, a Mitra Metropolitana de Florianópolis, responsável por alguns cemitérios do município, manifestou o desejo de passar a administração do cemitério da Capela São João Batista, do bairro Bateas, para a prefeitura.
Ao Ministério Público, a Mitra informou que já foram apresentados os protocolos para o licenciamento ambiental de todos os cemitérios que lhe pertencem, com exceção do cemitério do bairro.
A Mitra explicou ao órgão que não exerce mais a administração do local e notificou a prefeitura para que assuma a responsabilidade e informe quais são os procedimentos necessários para seu fechamento.
No fim do mês de outubro, o procurador-geral do município, Edson Ristow, se posicionou contrário a possibilidade de a prefeitura administrar o cemitério do bairro Bateas.
“A Mitra Metropolitana desde o início deixou bem claro que pretende por parte do município de Brusque a assunção daqueles cemitérios com problemas ambientais, tecnicamente insolúveis, bem como, aqueles que representam prejuízo a instituição”, disse.
De acordo com ele, a prefeitura não pode assumir somente os espaços que não se tem mais interesse administrativo. O correto, ainda segundo ele, seria que todas as entidades religiosas repassassem à municipalidade a administração de todos os cemitérios.
“Da forma com que o assunto veio, considero a proposta extremamente indecente. Claro que em última análise o poder público responde pelo serviço funerário no município, o que o faz através de delegação, contudo, assumir parte daquilo que outrem não consegue administrar não está em seu mister. Ou o poder público assume o todo na administração dos cemitérios, ou cada qual permanece sobre responsabilidade até então avocada pelas instituições religiosas”.
Pároco da comunidade São João Batista, do bairro Bateas, o padre Diomar Romaniv, esclarece que o que estão sendo feitos são estudos entre o município, a Fundema e a Mitra para ver qual a melhor maneira de administrar e responder as necessidades que se tem.
“Não tem nada se a Mitra vai passar para a prefeitura, ou se uma associação vai administrar, o que existe são estudos preliminares, só isso”.