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Moda Brusque tem poucas remanescentes, patrocínio da Havan e indefinições no orçamento para a Superliga

Novo patrocínio é passo importante, mas equipe segue em busca de recursos; Sassá está fora

A Abel Moda Brusque continua em busca de recursos para que consiga disputar, em condições ideais, o Campeonato Catarinense e a Superliga A em 2022, e vem enfrentando dificuldades para a montagem do elenco e para aproximar seus orçamentos aos dos concorrentes na briga pela manutenção na elite do vôlei feminino nacional. O time deu um passo importante com o acordo de patrocínio da Havan, além da manutenção de parceiros como a FIP e a Prefeitura de Brusque, e já anunciou reforços e renovações de contrato. A primeira competição prevista no calendário é o campeonato estadual.

Por enquanto, o técnico Maurício Thomas confirma as permanências da líbero Audren e da central Emily, que estão na Moda Brusque desde a estreia do projeto, em outubro. A levantadora Carol, a oposta Kalu e a central/oposta Glaucia também continuam.

Uma baixa importante é a ponteira Sassá. Campeã olímpica em 2008, ela era uma das estrelas da equipe, sendo fundamental nas conquistas dos títulos da Superliga C, do Catarinense e dos Jogos Abertos de Santa Catarina, além da ótima participação na campanha do acesso à Superliga A.

Conforme relata Thomas, Sassá, aos 39 anos, não tem planos de disputar a Superliga, competição da qual já foi campeã em quatro oportunidades. Sem revelar nomes, o treinador afirma que outras jogadoras já receberam e aceitaram propostas de outras equipes. “Temos buscado saídas para substitui-las de maneira compatível com a Superliga”, comenta.

Os valores de mercado da Superliga B para a Superliga A são completamente diferentes, com clubes disputando jogadores entre si e também com as ligas estrangeiras. De qualquer forma, no início de junho foi anunciada a contratação da central Kaoane Loch, de 24 anos. Natural de Pomerode, ela já passou pela base e pelo time adulto do Minas, e de 2019 a 2022 esteve na Universidade de Brandon, no Canadá.

Na segunda metade do mês, foram anunciados outros dois reforços. Um é a ponteira/oposta Yasmin Silva, que estava na Universidade do Texas Vale do Rio Grande (University of Texas Rio Grande Valley – UTRGV). Outro é a central Victória Justi, de 20 anos, que tem passagens por seleções brasileiras de base e vem da base do Pinheiros-SP.

O grande objetivo após o acesso à Superliga é se manter na elite do vôlei brasileiro para a temporada 2023-2024. “É um desafio enorme, muito difícil, mas a gente vai lutar com as forças que tivermos.” Ainda de acordo com Thomas, há alguma dificuldade na captação de recursos por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. A Abel Moda Brusque tem um projeto já aprovado no Ministério da Cidadania.

Mais perto do ideal

Apesar das dificuldades, um passo importante foi dado com a adesão da Havan ao projeto. Maurício Thomas se diz orgulhoso pela parceria e afirma que a nova patrocinadora também valoriza a marca da Moda Brusque.

Com o aporte realizado, o técnico afirma que o sonho de disputar a Superliga está, sim, mais próximo, juntamente com a FIP e com a Prefeitura de Brusque, que têm parcerias com a equipe profissional desde o início do projeto. A Moda Brusque tenta também a renovação com outros parceiros.

“A Havan está com a gente no projeto das crianças há 10 anos, sempre contribuiu para o desenvolvimento do voleibol na cidade de Brusque. Sempre apoiou as equipes locais, e agora neste momento que a gente mais precisou, a Havan contribuiu para nossa participação [na Superliga].”

Catarinense

Atual campeã catarinense, a Moda Brusque ainda não tem participação confirmada no campeonato estadual, que deverá começar em julho. Estão previstas as participações de seis ou sete times.

A equipe não confirmou presença porque o custo desta competição fica muito alto com o formato de turno e returno, que é o pretendido. Ainda será necessário avaliar como estará o orçamento para que uma participação no estadual não atrapalhe as finanças para a Superliga 2022-23.


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